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Fé e cultura

Religiosidade dos avieiros em livro

No seguimento dos trabalhos do projecto de candidatura da cultura avieira a património nacional, uma das vertentes mais significativas é a do estudo das diversas componentes sob as quais se manifesta a rica e complexa cultura dos pescadores avieiros.

Este estudo não se centra apenas na identidade de um povo que imigrou da praia de Vieira de Leiria para se fixar no Tejo e no Sado, considerando igualmente a sua pertença a um contínuo cultural que teve origem na região da Ria de Aveiro e progressivamente se foi estabelecendo na costa ocidental Portuguesa até à Praia de Vieira de Leiria.

Uma das vertentes do trabalho consiste no estudo da religiosidade avieira, enquanto fenómeno resultante de uma progressiva adaptação e mudança às novas condições de vida encontradas pelos avieiros nos rios Tejo e Sado.

O livro «A Reconstrução do Sagrado - Religião Popular nos Avieiros da Borda d'Água» (Âncora Editora) foi escrito por Aurélio Lopes e João Serrano.

FotoFoto

O resultado é uma abordagem inovadora sobre o fenómeno religioso e simultaneamente cultural, que permitiu captar inúmeros depoimentos de avieiros e reunir uma base de dados com mais de 160 referências bibliográficas, onde anteriormente se supunha existir pouco.

Para o bispo de Santarém, D. Manuel Pelino, “estamos perante uma via de acesso à alma de um povo peculiar como são os avieiros. As variadas crenças e práticas revelam, de forma positiva ou negativa, a integração social, a influência dos laços familiares, o nível de escolaridade, o grau da cultura enquanto visão do mundo e compreensão da vida, os valores dominantes, a relação comunitária, etc.”.

FotoEscaroupim. Foto: Nuno de Sousa

“Na origem destas expressões populares – continua o prelado no prefácio – podemos, de facto, descobrir a consciência dos limites humanos perante forças transcendentes e a necessidade de dar sentido, apoio e organização à vida humana, sobretudo em alturas de perigo ou nos momentos cruciais do nascimento, casamento e morte. Reflectem, portanto, os anseios, os sofrimentos e as esperanças deste povo.”

 

As fotos deste artigo não fazem parte do livro.

 

Instituto de Estudos de Literatura Tradicional / Câmara Municipal de Santarém / SNPC
20.11.10

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