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Documentário

Ângelo de Sousa: Tudo o que sou capaz

A RTP 2 exibirá a 23 de Janeiro, pelas 21h00, um documentário sobre o pintor Ângelo de Sousa, realizado por Jorge Silva Melo. Nenhuma outra voz que não a do artista; nenhum comentário para além do seu; nenhuma referência a influências, escolas, perspectivas, para além das que ele faz".

Da mesma maneira que Ângelo pintou, nos anos 70, um ‘catálogo de algumas formas ao alcance de todas as mãos’ (obra-manifesto que se encontra na colecção Manuel de Brito em Algés), este filme organiza-se como um catálogo de todas as formas ao alcance de Ângelo: como se fosse a colagem de 10 curtas-metragens (que poderiam ser vistas separadamente, em ordem inversa…ou na que propusermos, sendo um filme mobile…), nunca a apresentação de uma biografia ou mesmo o comentário da obra. Serão talvez fragmentos que não tencionam esgotar a personagem, antes deixá-la fechada em si, rodando sobre si, na sua imparável conquista da alegria.

Pintura

O filme parte de vários encontros com o artista, como se fossem várias curtas-metragens justapostas, em que ele comenta os seus trabalhos, os métodos, a repetição das formas, as alternâncias de suportes (papel, fotografia, vídeo, metal), ele que tanto trabalha o desenho como a escultura como o papel. Inquieto, Ângelo guia-me pela sua sempre declarada alegria, impermanente conquista diária das formas simples.

Pintura

«Ângelo de Sousa: tudo o que sou capaz», ou o retrato de um homem que se quer teimosamente simples, artista que reduziu o seu trabalho às três cores primárias e ao preto e branco, inventando permanentemente novas formas ou alterando as formas em suportes que as dinamizam.

Nascido em Moçambique em 1938, Ângelo de Sousa iniciou os estudos de pintura em 1955, no Porto. Entre 1958 e 1968, como aluno e depois como professor, integra as Exposições da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP).

Pinturas

Em 1959, participa na Premiére Biennale de Paris, Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris. Em 1961, participa na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian e em 1963, na I Exposição de Artes Plástica da Cooperativa Árvore. Nesse mesmo ano inicia funções de docência na ESBAP. Em 1967, é bolseiro da Fundação Gulbenkian e do British Council, na Slade School of Art e St. Martin's School of Fine Art. Forma o grupo Os Quatro Vintes, em 1968, com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues, desfeito em 1972, altura em que lhe é atribuído o prémio Soquil. Desde essa altura afirma-se como um dos artistas mais inovadores na cena nacional, expondo desenhos, esculturas, pintura, fotografia.

Pintura

Em 1993, a sua obra foi objecto de uma exposição antológica na Fundação de Serralves onde, em 2003, expôs os seus trabalhos de fotografia. Em 2000 foi-lhe atribuído o prémio EDP. E, em 2006, a Fundação Gulbenkian e a Cordoaria Nacional acolheram uma grande mostra da sua escultura.

O documentário resulta de uma co-produção entre a RTP e os Artistas Unidos.

 

Texto (excepto biografia): Jorge Silva Melo
In Artistas Unidos
13.01.10

Ângelo de Sousa

 

 

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