Euro
Ao povo o que é do Papa!
Desde a sua introdução, o Vaticano passou a aderir ao Euro. As moedas dos diferentes países circulam livremente nas poucas lojas da Santa Sé, mas é substancialmente mais difícil encontrar moedas com a efígie do Papa nos trocos que vai recebendo, seja em que país for.
É que embora a cidade-estado possa cunhar moedas, estas são vendidas quase exclusivamente a coleccionadores, directamente da loja de «souvenirs» do Vaticano. Naturalmente são vendidas por um valor acima do facial, cerca de 4 euros mais caras, mas atingem muitas vezes esse valor em vendas subsequentes de lojas especializadas.
João Paulo II
Esta prática, contudo, foi agora condenada pela Comissão Europeia, que tinha solicitado a opinião ao Banco Central Europeu. A Igreja deve, a partir de agora, colocar pelo menos 51% das suas moedas em circulação.
Bento XVI
Contudo a decisão é salomónica. A ser aplicada só assim representaria uma má notícia não só para os coleccionadores, mas também para os cofres da Santa Sé. Prevendo esta situação, a Comissão Europeia sugere no seu relatório que a Santa Sé possa duplicar a quantidade de moedas que emite por ano, de 1,074,000 Euros para 2,100,000 Euros, pelo que todos os interessados devem ficar satisfeitos.
Bento XVI
Esta não é, aparentemente, a primeira vez que as moedas do Vaticano enfrentam barreiras. O ano passado, segundo algumas fontes, Bruxelas considerou proibir a emissão de moedas durante a Sede Vacante, a época entre a morte de um papa e a eleição do próximo.
Moeda comemorativa do Ano Paulino (2008)
Estas moedas utilizam, em vez da efígie do Papa, uma representação do brasão do Cardeal Camerlengo, o chefe de Estado interino, rodeado das palavras Sede Vacante, e a data em números romanos. Naturalmente, estas moedas são muito raras. Com uma colecção a poder chegar a valores perto dos 400 Euros.
Sede Vacante
Contudo, o relatório da Comissão recomenda que também esta prática possa continuar.
Filipe d'Avillez
© SNPC |
03.12.09
Bandeira da Cidade do Vaticano