Exposição
A Bíblia para todos
Até 21 de Dezembro, o Museu das Comunicações, em Lisboa, apresenta a exposição multimédia “A Bíblia para todos”, uma iniciativa da Sociedade Bíblica, por ocasião dos 200 anos da primeira distribuição bíblica em Portugal.
Bíblia Manuscrita
Pela primeira vez é mostrado ao público o resultado do trabalho de cerca de cem mil “copistas”, que em 2004 e 2005 transcreveram à mão os textos da Bíblia.
A Bíblia Manuscrita Jovem foi uma parte importante deste projecto, que envolveu cerca de cinquenta mil estudantes professores, auxiliares de acção educativa e encarregados de educação de mais de 200 escolas.
A iniciativa, que contou com o apoio de 2500 voluntários, estendeu-se a universidades, hospitais e prisões.
Ao todo foram feitas três Bíblias manuscritas, com mais de cem mil versículos, 12500 páginas e 30 volumes. Um dos exemplares será entregue à Biblioteca Nacional, outra á Biblioteca de Alexandria e a terceira percorrerá o país em iniciativas de animação bíblica e cultural.
Durante a exposição, é possível terminar a cópia da terceira Bíblia.
Robô "copista"
Um robô industrial é colocado no final de uma mesa de seis metros, escrevendo a Bíblia num ritmo lento. A máquina enrola autonomamente os rolos de papel depois de terminar cada coluna de escrita.
Em Lisboa, o robô estará apenas durante nove semanas, pelo que só copiará o Novo Testamento.
Vídeo:
Prensa de Gutenberg
A maior mudança nas comunicações ocorreu cerca de 1450, quando Gutenberg (1398-1468) introduziu a imprensa de caracteres móveis na Europa. A cultura ocidental foi transformada de forma irreversível. antes de Gutenberg, existiam cerca de 30 mil livros em toda a Europa, sendo a maior parte Bíblias e comentários bíblicos. Cinquenta anos mais tarde, eram já mais de 9 milhões.
A Bíblia foi o primeiro livro impresso por Gutenberg, em 1458, na Alemanha, depois de três anos de preparação. Até então, as cópias das Sagradas Escrituras eram feitas uma a uma pelos monges copistas. Para reproduzir os cerca de três milhões de letras, os monges gastavam, em média, de 12 a 15 meses. Todo esse processo, demorado e caro, tornava o texto sagrado inacessível à população.
Além disso, os exemplares recebiam ilustrações requintadas nos mosteiros, desenhos folheados a ouro e capas bem trabalhadas. Assim, o custo de uma Bíblia equivalia a uma pequena propriedade rural.
A prensa de Gutenberg possibilitou que, a partir de tipos móveis individuais, os textos fossem montados e impressos manualmente. Após a impressão, as letras eram guardadas e organizadas por tamanho e forma, podendo ser utilizadas noutras impressões.
Com uma equipa de 12 ajudantes, Gutenberg imprimiu em três anos cerca de 250 exemplares da Bíblia, em Latim.
Nesta exposição está patente uma réplica da prensa de Gutenberg, propriedade da Fundação Portuguesa de Comunicações.
Ler e ouvir a Bíblia
A Bíblia "mais pequena do mundo"
Toda a Bíblia num disco de 27 por 30 milímetros
Para quem não sabe ler ou prefere ouvir, sozinho ou acompanhado
Bíblia em Braile
No século XIX, a grande novidade chamava-se "lanterna mágica", que foi a precursora dos projectores de slides.
Texto: Sociedade Bíblica
Fotografia: rm
© SNPC |
21.10.09
Já chegou "A Bíblia para todos"
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