Açores
Festa do Divino Espírito Santo: o dia que reúne todos os açorianos
Em cada lugar por onde se passa respira-se um ambiente de festa – as ruas são revestidas de lâmpadas e bandeirinhas, as comissões e os seus ajudantes preparam as mesas para o jantar e, ao cair da noite, as pessoas caminham rumo ao império para tomar parte no terço e no animado serão.
Não há localidade açoriana que por estes dias não viva a festa do Divino: todos esforçam-se por prestar uma digna homenagem à divindade e têm gosto em reviver as nobres tradições que herdaram da família e da comunidade.
As festas do Espírito Santo fazem parte da alma dos Açorianos! Este culto secular potencia a vivência de atitudes e valores verdadeiramente humanistas e solidários, como seja a distribuição de alimentos pelos mais pobres, as refeições oferecidas a todas pessoas e o convívio entre vizinhos e amigos, sempre acompanhado pela música do momento e pelos tradicionais e saborosos petiscos.
Podemos afirmar com segurança que os habitantes deste Arquipélago, cada vez que participam nas Festas do Espírito Santo, vivem como membros da Família Açoriana! O Divino diminui as distâncias da geografia, anula o fosso entre ricos e pobres, faz-nos esquecer a crise e senta-nos à mesa da alegria e da abundância.
No “Império do Espírito” os homens e as mulheres são convidados a viver utopia da solidariedade, concretizando o sonho de uma sociedade livre, fraterna e feliz.
Todavia, este ambiente festivo não se confina às nove parcelas do arquipélago Açoriano. Os nossos “heróis do mar” levaram para os seus países de acolhimento as festas em honra do Espírito Santo. Hoje este culto está presente em cada uma das comunidades açorianas presentes na América, no Canadá, no Brasil e noutras longínquas paragens. Em cada uma delas expressa-se a devoção ao Divino e transformam-se em vida os traços da nossa identidade cultural.
Pode dizer-se com verdade que, na diáspora, os Açorianos vivem as Festas do Divino com a mesma alegria e brilhantismo, como se as celebrassem no largo da sua freguesia natal.
A preocupação com a indumentária para o bodo de leite, a reprodução de todos os pormenores do ritual religioso e a fidelidade nos temperos, para que as Sopas “tenham o gosto” à nossa terra – fazem com que qualquer filho dos Açores ao participar numa festa do Espírito Santo se sinta em casa. (...)
Por tudo o que até aqui ficou expresso, sou de opinião que não há melhor data para a celebração do Dia da Região Autónoma dos Açores que não seja a segunda-feira do Espírito Santo.
Neste dia todos os Açorianos estão reunidos em festa, tornam-se capazes de esquecer os conflitos e as rivalidades entre as ilhas e conseguem compor o excelso hino da alegria e da solidariedade. (...)
Alexandre Medeiros
In A União
Fotografia: Casimiro Valério
26.06.09
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