Obras de Bento XVI são «património inestimável para crentes e não crentes», diz Zita Seabra

Zita Seabra considera que os livros de Bento XVI «são um património inestimável para crentes e não crentes».

«Desde o Catecismo da Igreja Católica, até aos três volumes sobre a vida de Jesus, passando por numerosos trabalhos doutrinais ou textos de proclamação da Fé – fica uma obra rica, que marcará não só a vida da Igreja, mas o património cultural da humanidade», sublinha a editora em depoimento enviado ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Para a responsável pela editora Alêtheia «uma das marcas maiores» do pontificado de Bento XVI foi «a forma como se impôs e o respeito que suscitou junto das elites intelectuais e cultas de todo o mundo».

«Muito desse património vai viver connosco para além destes dias tristes, em que encaramos com surpresa o gesto racional da sua renúncia à cadeira de Pedro», assinala.

Entre os textos assinados por Bento XVI, Zita Seabra destaca um que qualifica de «inesquecível»: «O que escreveu e não pôde ler na Universidade de Roma La Sapienza, por impedimento de alguns militantes um laicismo intolerante, sobre a fé e a razão».

No que diz respeito ao próximo papa, Zita Seabra parafraseia as primeiras palavras proferidas publicamente por Bento XVI após a eleição, em abril de 2005: «Que seja “um humilde servidor da vinha do Senhor" porque, como se provou, é assim que chega ao que a cultura e a arte têm de mais sublime».

Zita Seabra. Foto: Paulo Carriço/Público

Rui Jorge Martins
© SNPC | 13.02.13