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Fé e cultura

Semana Santa de Braga: programa religioso e cultural

Apresentamos algumas das diversas celebrações religiosas e eventos culturais previstas no programa da «Semana Santa de Braga», conjunto de atividades que percorre a Quaresma e o Domingo de Páscoa.

 

Lausperene

A cidade de Braga conserva esta antiga tradição de, no decurso da Quaresma, todos os dias expor à adoração dos fiéis o Santíssimo Sacramento, desde o princípio da manhã até ao fim da tarde, passando sucessivamente de igreja para igreja. É uma devoção muito assumida, quer pelas igrejas que se esmeram na arte do adorno floral das suas tribunas quer pelas muitas pessoas crentes que acorrem a visitar o Senhor exposto. Este costume, instituído pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, data, pelo menos, de 1710.

 

Trasladação do Senhor dos Passos e Via Sacra

A noite do sábado antes de Ramos é como uma primeira Vigília, de carácter penitencial, a preparar a Semana Santa, tal como, no sábado seguinte, a Vigília Pascal será a celebração festiva do triunfo de Jesus sobre a morte. Às 21h30 decorre a procissão em que se faz a trasladação da imagem do Senhor dos Passos, da igreja de Santa Cruz para a igreja do Seminário. No percurso, ouve-se o canto do Miserere. Recolhida a procissão, segue-se a Via Sacra, que, entoando os «Martírios», percorre, pela sua ordem, as seguintes «estações» ou Calvários.

 

Domingo de Ramos

É o pórtico de entrada na Semana Santa. Neste dia a Igreja comemora a entrada de Jesus em Jerusalém, para consumar o seu mistério pascal. Na igreja do Seminário (Largo de S. Paulo) Bênção dos Ramos. No fim, Procissão em direcção à Catedral.

 

Procissão dos Passos

No Domingo de Ramos, a solene Procissão dos Passos, que se inicia às 17h00 na Igreja de São Paulo, oferece aos espetadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, o mesmo que, na Missa de Ramos foi lido no evangelho da Paixão. Nela desfilam as figuras que intervieram no julgamento, condenação e morte de Jesus: soldados, algozes e inimigos; mas também Cireneus e amigos, Madalenas arrependidas e piedosas mulheres. O próprio Jesus, o «Senhor dos Passos», levando a cruz às costas, atravessa as ruas da Cidade, como outrora percorreu as de Jerusalém. Junto à igreja de Santa Cruz, onde termina a procissão, tem lugar o Sermão do Encontro e, no decurso deste, os ouvintes assistem ao comovente encontro de Jesus com sua Mãe Dolorosa, a «Senhora das Dores».

 

Procissão da Burrinha

Organizado, desde 1998, pela Paróquia e pela Junta de Freguesia de S. Victor, este eloquente cortejo apresenta a pré-história do Mistério Pascal de Jesus que a Igreja celebra nos dias seguintes. Desde o chamamento de Abraão, passando pela era dos Patriarcas, pela escravidão no Egipto e gesta libertadora de Moisés (prefiguração de Cristo), até à infância de Jesus, incluindo a sua fuga para aquele país com José e Maria montada numa burrinha, desfilam, em sucessão cronológica e em verdadeira catequese viva, profetas, reis, figuras eminentes, símbolos e quadros bíblicos do Antigo Testamento. No essencial, assim é figurada a Aliança de Deus com o seu povo - «Vós sereis o meu povo» - e prefigurada a Nova Aliança que será selada com o sangue de Cristo. Dia 8 de Abril, às 21h30.

 

Procissão do Senhor «Ecce Homo»

Organizada desde tempos antigos pela Irmandade da Misericórdia, esta procissão, que decorrerá no dia 9 de Abril, a partir das 22h00, evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia por Ele ensinada. Abre o cortejo o exótico grupo dos farricocos com grosseiras vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos, empunhando matracas e fogaréus (taças com pinhas a arder). Daí chamar-se também «Procissão dos Fogaréus». Integrados na procissão, revestem um simbolismo diferente do da tarde: evocam os guardas que, munidos de archotes, foram, de noite, prender Jesus.
A imagem do Senhor «Ecce Homo» representa o Cristo tal como Pilatos o apresentou à multidão, dizendo: - «Eis o Homem!».
Além de muitas figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão alegorias das catorze obras de misericórdia, bem como figuras históricas ligadas à fundação e à história das Misericórdias.

 

Procissão Teofórica do Enterro

Costume trazido de Jerusalém pelo Convento de Vilar de Frades, no séc. XV ou XVI, daí passando a muitas catedrais. Abolido no séc. XVII, manteve-se na Catedral bracarense. Nesta impressionante procissão, o Santíssimo Sacramento, encerrado num esquife coberto de um manto preto, é levado pelas naves da Catedral - daí o nome de procissão teofórica (que transporta Deus) - e deposto em lugar próprio para a veneração dos fiéis. Os acompanhantes cobrem o rosto em sinal de luto. Dois meninos ou duas senhoras cantam em latim: «Heu! Heu! Domine! Heu! Heu! Salvator noster!» (Ai! Ai! Meu Senhor! Ai! Ai! O nosso Salvador!). A procissão, que decorrerá na Sexta-feira Santa, efetua-se depois da celebração da Paixão e Morte do Senhor, na Sé.

 

Procissão do Enterro do Senhor

Organizada pelo Cabido da Catedral, Irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz e Comissão da Semana Santa, esta imponente procissão - de todas a mais solene e comovente - leva pelas ruas da Cidade o esquife do Senhor morto. Acompanham-no aquelas e outras irmandades, cavaleiros das Ordens Soberana de Malta e do Santo Sepulcro de Jerusalém, Capitulares da Sé e autoridades. Vão também os andores de Santa Cruz e da Senhora das Dores. Em sinal de luto, os Capitulares e os membros das Confrarias vão de cabeça coberta. Para mostrar a sua dor, as figuras alegóricas ostentam um véu de luto. As matracas dos farricocos vão silenciosas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão. A procissão, que ocorrerá na Sexta-feira Santa, inicia-se na Sé, às 22h00.

 

Visita Pascal

É um costume muito enraizado no norte de Portugal, este de, no Domingo de Páscoa, um grupo de pessoas («Compasso»), sempre que possível presidido por um sacerdote, com trajes festivos e partindo da respectiva igreja paroquial, se dirigir com a Cruz enfeitada aos lares cristãos a anunciar a Ressurreição de Cristo e a abençoar as suas casas. Soam campainhas em sinal de júbilo, fazem-se tapetes de flores pelas ruas e caminhos, estrelejam foguetes no ar. Entrando em cada casa, estabelece-se um pequeno diálogo celebrativo. Dá-se depois a Cruz a beijar a todos os presentes.

 

Exposições

Exposição Itinerante «Semana Santa em Braga»
2 a 9 de Março: Bragança - Mercado Municipal
9 a 16 de Março: Montalegre - Câmara Municipal
16 a 23 de Março: Lisboa - Amoreiras Shopping Center
23 a 30 de Março: Coimbra - Centro Comercial Dolce Vita
30 de Março a 10 de Abril: Porto - Estação de S. Bento

«Eu Kristus» - Pinturas de Luís de Matos
23 de Março a 11 de Abril
Posto de Turismo de Braga

«Por nós crucificado»
Exposição de Crucifixos.
De 27 de Março a 19 de Abril.
Casa dos Crivos

«A Cruz que nos conduz»
Exposição de Cruzes Processionais.
De 3 a 11 de Abril.
Casa «Oficina da Sé» (Paularte – R. D. Frei Caetano Brandão, 142


 
«Paixão de Cristo… rota de esperança!»
Pinturas a óleo da Colecção Completa de Casanova e inspirados na Via Sacra de Josemaría Escrivá.
De 27 de Março a 14 de Abril.
Galeria da Junta de Freguesia de S. Victor

«Semana Santa em Braga – Um olhar atento…»
Fotografias de Carlos Ribeiro.
De 6 de Março a 14 de Abril.
Centro Cultural de A Guarda (Galiza)

 

Concertos

27 de Março
Orquestra do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga
Sé, 21h30

28 de Março 
Coral S. I. Catedral de Tui
Igreja de S. Victor, 21h30

3 de Abril 
Ensemble Vocal Adarte
Igreja de S. Marcos (Hospital), 21h30

6 de Abril
Grupo Coral Ançãble, Cappella Bracarensis e Capela Musical de Santa Cruz
«Inéditos portugueses para os ofícios da Semana Santa»
Igreja de Santa Cruz, 21h30

7 de Abril 
Coro da Sé Catedral do Porto, com orquestra e solistas
Oratória «Paulus», de F. Mendelssohn-Bartholdy.
Sé, 21h30

 

Concurso de fotografia

Até 10 de Abril continuam abertas as inscrições para o concurso de fotografia que tem por tema a «Semana Santa de Braga», nomeadamente as procissões, calvários, decoração da cidade, o dia de Páscoa, com o seu ambiente próprio, os compassos, a festa da Rua da Boavista (conhecida como Cónega).


Fotografia: Brochura «Semana Santa»
25.03.09

Cartaz

 

 

 

 

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