O papa voltou a aparecer hoje em público, a partir da clínica Gemelli, em Roma, onde foi internado no passado domingo para uma intervenção cirúrgica ao cólon, mas dada a aparência, vivacidade e boa disposição, deu a impressão que não se passou nada de especial nestes oito dias.
Francisco, que na varanda, junto a si, tinha algumas crianças hospitalizadas na unidade de oncologia pediátrica da mesma policlínica, sublinhou a importância dos cuidados de saúde gratuitos e agradeceu o apoio recebido: «Senti a vossa proximidade e o amparo das vossas orações. Obrigado de coração».
«Nestes dias de internamento no hospital, experimentei mais uma vez como é importante um bom serviço de saúde, acessível a todos». E vincou: «É preciso mantê-lo. E por isso é preciso que todos se empenhem, porque serve a todos e pede o contributo de todos».
Francisco fez um paralelismo entre o serviço público de saúde e o que por vezes sucede em organismos católicos: «Também na Igreja acontece, por vezes, que algumas instituições de saúde, por causa de uma gestão que não é boa, não vão bem economicamente, e o primeiro pensamento que surge é vendê-las. Mas a vocação, na Igreja, não é ter dinheiro, é fazer o serviço, e o serviço é sempre gratuito. Não nos esqueçamos disto: salvar as instituições gratuitas», frisou.
D.R.
Depois de agradecer às pessoas que trabalham nos hospitais - «trabalham muito» -, o papa pediu orações «por todos os doentes», e acrescentou: «Aqui estão algumas amigas crianças doentes. Porque sofrem as crianças? Porque sofrem as crianças é uma pergunta que toca o coração».
Francisco lembrou a necessidade de rezar por quem perdeu a saúde, «especialmente por aqueles em condições mais difíceis: nenhum seja deixado sozinho, cada um possa receber a unção da escuta, da proximidade, da ternura e do cuidado».
Após a oração do Angelus, evocadora da anunciação do anjo a Maria e a conceção de Jesus, Francisco lembrou o Haiti, onde esta semana foi assassinado o presidente, tendo apelado à deposição das armas.
No contexto do “Domingo do Mar”, o papa rezou pelas pessoas que têm nos oceanos a fonte de sustento, e lembrou: «Nada de plástico no mar».
Por ocasião da festa de S. Bento, a 11 de julho. Francisco pediu um «abraço» padroeiro da Europa, expressando o desejo que seja «unida nos seus valores fundadores».