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Conferências "Eis o Homem"

Isabel Jonet: a experiência do Bem

Entendeu o Senhor patriarca promover, por ocasião dos 40 anos da encíclica Populorum Progressio, uma reflexão sobre três valores transcendentais: a Verdade, o Bem e o Belo.

Começo por agradecer ter-se lembrado de mim para partilhar com tão ilustre assembleia um pouco daquilo que tenho tido o privilégio e a graça de viver sobretudo nos últimos 15 anos.

Assisti à primeira dessas reflexões, sobre a Verdade. Foi uma extraordinária oração de sapiência, de nível intelectual de tal forma elevado que, com toda a humildade tenho de confessar que, se já estava um pouco apreensiva com o convite do Senhor Patriarca, muito mais fiquei.

Mas, diz a sabedoria popular, que “Deus dá o frio conforme a roupa” e por isso aqui me encontro, a contar-vos com todo o despojamento e simplicidade, aquilo que tem sido a minha experiência e vivência de partilha do Bem – ou aquilo que, sem pretensões, acho que é o Bem.

Pensei para mim, por outro lado, que a expectativa do Senhor Cardeal Patriarca não poderia ser nunca a de que eu me dedicasse a uma reflexão de natureza filosófica sobre o Bem. Outros o farão muito melhor do que eu, a começar pelo meu parceiro de debate aqui, hoje [António Guterres]. Mas antes que procurasse usar esta ocasião para vos expor o “Bem prático” que tão bem conheço. É, pois, no essencial dessa presunção que abordarei o tema que me foi proposto.

Antes porém, comecei por ler a Encíclica, publicada em 1967, e fiquei espantada com o seu carácter revolucionário e com a sua actualidade. Apesar das grandes alterações registadas nos últimos anos a nível histórico, político e económico, que implicaram mudanças profundas na vida dos homens e das sociedades, os ensinamentos da encíclica Populorum Progressio conservam toda a sua força de apelo à consciência, de mobilização colectiva no Bem comum.

Ela alerta de forma explícita para a “questão social”, e, reconhecendo-lhe embora uma dimensão mundial, não atenua a sua importância a nível nacional e local. A luta pela justiça social deve ser conduzida a partir, desde logo, das mais pequenas células, as famílias, as empresas, as organizações e instituições de um determinado país ou região, para depois se estender ao mundo, de forma global.

A novidade da Encíclica não consiste tanto na afirmação da universalidade da questão social, mas na avaliação moral desta realidade. Ou seja, responsabiliza moralmente todos os cristãos, cidadãos dos países desenvolvidos, supostamente ricos ou mais ricos que os outros, exortando-os a terem em consideração, nas suas decisões pessoais, empresariais ou até governamentais, a relação de universalidade, a interdependência que subsiste entre os seus comportamentos e a miséria e o subdesenvolvimento de tantos milhões de homens.

A encíclica Populorum Progressio traduz a obrigação moral em termos de “dever de solidariedade”. E esta afirmação, embora no mundo muitas situações se tenham alterado, mantém hoje a mesma força e validade que tinha quando foi escrita.

Somos também convidados a rever o conceito de desenvolvimento, que não coincide certamente com aquilo em que muitas vezes se traduz a praxis política, que se limita com frequência a fixar objectivos que, no essencial, resultam na procura da satisfação de necessidades materiais, mediante o aumento da oferta de bens e a criação das condições para a respectiva aquisição, sem prestar atenção aos sofrimentos da maioria, e acabando tantas vezes por promover por via disso um egocentrismo por parte de pessoas e nações.

Pelo contrário, num mundo diferente – talvez idílico, talvez utópico, mas porque motivo não deveríamos todos nós ser tão ambiciosos quanto possível nesta matéria – num mundo, como ia a dizer, dominado pela procura do bem comum, ou seja, pela preocupação com o outro na sua plenitude, a paz seria possível, como fruto de uma maior equidade entre os homens.

Vivem-se actualmente tempos dominados pelo materialismo, pelo ter em detrimento do ser. “Ter” objectos e bens não aproveita a nada, se não contribuir para o enriquecimento do “ser”, isto é, para a realização da vocação humana como tal. Uma das maiores injustiças do mundo contemporâneo consiste precisamente nisto: são relativamente poucos os que possuem muito e muitos os que não possuem quase nada. É a injustiça de uma distribuição inadequada dos bens e dos serviços originariamente destinados a todos. Tantas pessoas privadas do mínimo necessário à subsistência, de uma habitação condigna, de acesso a sistemas de saúde.

A nossa vida quotidiana deveria, por isso, nos vários planos em que se desenvolve a nossa intervenção na sociedade, ser norteada pela dimensão humana da questão social. Não podermos esquecer – e hoje mais do que nunca, dada a dimensão mundial que a pobreza e a questão social assumiram – as pessoas com fome, sem casa, sem assistência médica e, sobretudo, sem esperança de um futuro melhor. Os pobres, infelizmente, em vez de diminuírem, multiplicam-se, não só nos países em vias de desenvolvimento, mas, no que pareceria menos provável, também nos países desenvolvidos.

Tenho defendido o exercício da caridade em vez da solidariedade, termo talvez politicamente mais correcto. Entendo que caridade é a solidariedade com amor pelo outro, é exercício do bem de forma desinteressada. O caminho da caridade é complexo e difícil. Mas é possível. São visíveis os sinais de esperança. é notório o caminho percorrido a nível dos direitos humanos e da aceitação dos princípios sociais propostos pela Igreja. Muitos países reconheceram “o direito a não ser pobre” como um dos direitos humanos. A cidadania activa cresce em substituição da lógica da ajuda.

Há mais consciência da dignidade humana, há uma maior preocupação com a paz, com o respeito pelos recursos naturais, que são escassos e exauríveis. Apela-se à prática da solidariedade e à importância do voluntariado As Nações Unidas inscreveram no seu programa o período de 1997 a 2006 como sendo a “1.ª Década para a Erradicação da Pobreza”.

Não é possível saber se algum dia serão definitivamente erradicadas todas as situações de pobreza, mas cada um de nós deve procurar, à sua escala, fazer todos os esforços para, pelo menos, minorar os seus efeitos.

Partindo da própria definição de pobreza – pessoas que vivem em situação de privação por falta de recursos relativamente à satisfação de uma ou mais necessidades básicas, tal como estas se exprimem numa determinada sociedade – saliento o direito à alimentação, por ser uma necessidade básica, comum a todos os Homens, por fazer parte integrante da própria vida: sem comida não é possível sobreviver. É por isso imprescindível que nos empenhemos no combate contra a fome.

A lógica da sociedade de consumo em que vivemos não pode fazer-nos esquecer que a pobreza existe, e que cada um de nós tem a obrigação, como actores que não queremos ser passivos, de buscar uma sociedade mais justa, mas também como cristãos, de aceitar o desafio inovador de inverter a situação através da criação de respostas inovadores, eficazes e solidárias.

Portugal é um dos países da Europa com maior taxa de pobreza. Cerca de 20% da população é pobre (2 milhões de pessoas); 200 mil pessoas têm apenas uma refeição completa por dia e 35 mil não têm nenhuma refeição completa por dia.

E não posso deixar de reconhecer que tudo isto tem um enorme grau de relativismo, como certamente o Alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados evidenciará de uma forma bem gritante. Não obstante, partamos, como aliás sugere a encíclica, do local para o global. Comecemos por tentar resolver os problemas com que nos deparamos nas nossas imediações e que está ao nosso alcance contribuir para a sua solução.

Para dar um exemplo da possibilidade de exercer o Bem comum não posso deixar de citar o caso do Banco Alimentar Contra a Fome.

A luta contra o desperdício é um elemento motor na acção dos Bancos Alimentares Contra a Fome. Vivemos numa sociedade que desperdiça muitas das suas riquezas e dos seus valores, já que a abundância dos seus bens, embora mal distribuídos, lhe faz esquecer a importância de cada um e a forma como dever ser optimizado para o bem comum.

A nível alimentar registam-se importantes perdas de produtos nos sectores da produção, da transformação, da distribuição, do consumo pessoal e colectivo sem qualquer perturbação das consciências, embora se trate de bens indispensáveis à vida de cada homem e uma parte da humanidade se encontrar deles privada.

A alimentação não é comparável a mais nenhum bem. Está intimamente ligada à existência do ser humano, faz parte integrante dele, traz-lhe todos os dias os elementos de vida e, por isso mesmo, adquire um valor que nenhum outro bem de consumo pode ter. Merece o respeito e reveste até um aspecto “sagrado” em muitas civilizações. Ao desperdiçarmos um bem alimentar em bom estado, fazendo ele falta a um ser humano, cometemos uma injustiça.

É portanto preciso incutir em cada cidadão o valor e o respeito pelos bens alimentares, a forma de lhes dar a utilização mais correcta tanto por si próprio, como pelas pessoas que deles se encontram privadas. Só dessa forma será possível desenvolver o espírito de partilha, promover o Bem comum.

Acredito que uma das razões da manutenção da pobreza é esta incrível perda de valores que impera nas sociedades actuais. A sociedade deixou de ter como principal ambição permitir que cada cidadão desenvolva todas as suas capacidades e talentos, todas as suas riquezas interiores para as acrescentar ao capital colectivo com vista ao bem comum. O individualismo engendra a ausência total do reconhecimento do valor dos mais fracos. As medidas sociais não terão qualquer resultado em matéria de erradicação da pobreza enquanto o Homem não for o valor de referência do progresso económico.

É nesta visão alargada que compreendemos melhor a frase da Madre Teresa de Calcutá quando afirmava “O que me escandaliza não é que haja ricos e pobres, mas o desperdício”, ou seja, é este espírito de não respeito dos valores do Homem e dos bens que estão ao seu serviço que cria e faz perdurar a pobreza.

O Banco Alimentar luta contra a destruição de alimentos, recolhendo produtos em perfeito estado de consumo para os distribuir, através de instituições, a pessoas que têm fome de pão e de afecto, para que possam reencontrar a dignidade muitas vezes perdida, a auto-estima que as impede de sair do ciclo de pobreza em que muitas vezes nasceram.

A sua missão só pode ser levada a cabo com o apoio de numerosos empresários e empresas que, preocupados com o bem comum, com a justiça social, incorporam a responsabilidade social nas suas decisões de gestão.

O primeiro Banco Alimentar surgiu nos Estados Unidos, em 1966, quando o Senhor John Fanhengel – impressionado com a visão de uma mulher que procurava restos de comida nos caixotes do lixo para alimentar os seus nove filhos – decidiu pedir aos agricultores locais os restos das suas plantações de batatas. Em resposta ao seu pedido, viu-se a braços com vários camiões TIR cheios de batatas que distribuiu por associações de caridade.

Decidiu então criar uma organização destinada precisamente a “ir buscar onde sobra para entregar onde falta”: é esta a ideia base sobre a qual assenta toda a actividade desenvolvida pelos Bancos Alimentares. O seu nome “Second Harvest” inspira-se num direito consagrado na Constituição americana que permite aos carenciados recolherem as espigas que ficam nas searas depois de passar a ceifeira debulhadora. A ideia foi importada para a Europa, tendo-se disseminado por vários países, entre os quais Portugal.

Quando sabemos que existem pessoas ao nosso lado com carências alimentares gravíssimas, idosos que vivem apenas com o que lhes resta das reduzidas pensões de reforma depois de comprados todos os remédios de que necessitam, crianças que só comem o que lhes é dado nas creches ou ATL porque vivem em famílias desestruturadas, poderemos assistir impávidos à destruição diária de milhares de quilos de alimentos pelo simples facto do ano agrícola ter sido bom, e a produção superior ao esperado ou porque a imagem comercial da empresa se alterou?

Para já não falar do desrespeito pelo trabalho de cada homem (agricultor, empresário, industrial, etc.), que investiu o seu esforço e saber em cada etapa do processo produtivo… Muita desta pobreza tem uma natureza envergonhada e particular, que não pode por definição ser eficazmente assistida pelo Estado, por via do recurso a modelos uniformes, incaracterísticos e frequentemente impessoais. O acompanhamento dessas situaçõs e uma acção eficaz para lhes dar resolução exigem proximidade e calor humano.

A acção do Banco Alimentar assenta na gratuidade, na dádiva, n partilha, no voluntariado e no mecenato. Ser voluntário não é só ajudar uma pessoa menos favorecida; é muito mais do que isso. É querer fazer o Bem, estar envolvido como participante em acções concretas; é um modo de estar na vida, por via da qual a participação activa e responsável nas diversas estruturas da sociedade é um imperativo de cidadania; é exercício de civismo e de co-reponsabilidade pelo bem comum.

O voluntariado tradicional, embora muito importante, perdeu alguma da sua expressão. Vivemos tempos mais exigentes em que este tipo de trabalho passou a ter de estar integrado em actividades organizadas e a revestir uma natureza quase profissional, pese embora não remunerada; os voluntários passaram a ter de se assumir como agentes ou promotores de desenvolvimento em conjunto com outras entidades.

Cada pessoa dá em função da sua vontade, da sua disponibilidade. Mas existe um efeito multiplicador, em termos de resultados, da acção da sociedade civil quando reunida e organizada. O Banco Alimentar é um fantástico exemplo de união das vontades de empresas, doadores financeiros, voluntários e instituições de solidariedade social que, de forma coordenada, geral, resultados muito superiores aos que seriam obtidos se cada um desses agentes de solidariedade resolvesse agir isoladamente. O importante é o comprometimento e o reconhecimento de que cada um de nós pode fazer a diferença com a sua forma de estar na vida e com as suas opções. Contribuindo para o Bem.

Temos a ambição de chegar a todos os que necessitam da nossa acção. Queremos ser ainda mais eficazes na forma como desempenhamos o papel de intermediação entre aqueles locais onde abundam os bens alimentares e aqueles outros onde escasseiam. E queremos sobretudo – naquilo que é o nosso objectivo mais nobre e exigente, mas também porventura o mais difícil de alcançar – quebrar o ciclo da pobreza, procurando que a ajuda que chega aos mais carenciados colmate não só uma lacuna temporária, mas no essencial permita aos beneficiários encontrar um ponto de partida para uma nova vida digna e autónoma, não dependente de qualquer lógica assistencial.

Colmatar lacunas alimentares dos nossos concidadãos é promover o Bem? Acredito que sim. Não será factor exclusivo, como é evidente. Muitos outros estão em jogo. Mas penso que, resolvido este problema básico, ultrapassada esta dificuldade elementar, estarão mais facilmente reunidas as condições para que o Bem, aqui já no sentido mais lato, possa resultar e desabrochar de maneira mais natural.

Acredito que o Bem é difusor, ou seja, Bem gera Bem. Por isso mesmo, temos procurado aumentar e estruturar a rede de Bancos Alimentares, e decidimos desenvolver o projecto Educar para a Cidadania, ou seja, lançar sementes, levando às escolas, àqueles que são os futuros empresários, decisores, governantes, valores universais como a Tolerância, a Verdade, o Respeito pelo Outro, a Solidariedade, a Defesa do Ambiente, a Promoção da Justiça, a Partilha, o Respeito pela Dignidade do Homem, os Direitos Humanos, a Tolerância e a Participação e Intervenção Cívica.

Para além disso, criámos a “Entreajuda”, numa lógica mais estruturante e menos assistencialista, lançámos a Bolsa do Voluntariado, que só em 3 meses registou mais de 2500 inscrições de pessoas empenhadas em diferentes áreas a transformar a sua profissão numa boa acção, estruturamos uma rede de dentistas dispostos a tratar voluntariamente nos seus consultórios os dentes de crianças pobres para que estas possam sorrir sem vergonha e não se vejam excluídas do mercado de trabalho porque, para além de uma deficiente formação, têm os dentes estragados. Só em 6 meses, voluntariaram-se mais de 150 dentistas. Poderia elencar outro tipo de acções levadas a cabo pela “Entreajuda” para potenciar o Bem, criando as condições para que as instituições de solidariedade possam contribuir para tal. Mas não quero alongar-me.

O exemplo prático, a certeza de que é possível, a convicção de que, cada um, com pequenos gestos, pode contribuir para solucionar problemas e em última instância para potenciar a geração do Bem é, por si só, um fantástico factor multiplicador e mobilizador.

Pequenas acções, concretas, que nos façam acreditar na utopia!

Acredito, também, que o importante não são as virtudes pessoais, mas a graça que o Senhor põe em cada um de nós para realizar a Sua obra. O Bem flúi naturalmente do Amor. E o Amor não é palavras: é sobretudo a atenção que dispensamos aos outros, sobretudo aos mais frágeis e desprotegidos.

Acabo com mais uma citação da Madre Teresa, essa santa que dedicou toda a sua vida ao exercício do Bem, pelo alívio dos sofrimentos dos mais fracos. “tudo o que não se dá, perde-se”. E o mundo em que vivemos não nos permite o desperdício de deixar perder o que quer que seja.

 

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Ciclo de Conferências "Eis o Homem", 10.05.2007, Lisboa; in Vida Católica, n.º 26, Maio/Agosto de 2007

Publicado em 07.01.2008

 

 

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Isabel Jonet







































A luta pela justiça social deve ser conduzida a partir, desde logo, das mais pequenas células























Pequenas acções,
concretas, que nos façam
acreditar na utopia!


























Num mundo diferente –
talvez idílico, talvez utópico, mas porque motivo não deveríamos todos nós
ser tão ambiciosos quanto possível nesta matéria –
num mundo dominado
pela procura do bem
comum, ou seja, pela preocupação com o
outro na sua plenitude,
a paz seria possível, como fruto de uma maior
equidade entre os homens




































Uma das maiores
injustiças do mundo contemporâneo consiste precisamente nisto: são relativamente poucos
os que possuem muito e muitos os que não
possuem quase nada























Saliento o direito à alimentação, por ser uma necessidade básica,
comum a todos
os Homens, por fazer
parte integrante
da própria vida:
sem comida não é possível sobreviver. É por isso imprescindível que nos empenhemos no combate contra a fome





























Portugal é um dos
países da Europa com
maior taxa de pobreza.
200 mil pessoas têm
apenas uma refeição completa por dia e
35 mil não têm nenhuma refeição completa por dia






























A nível alimentar
registam-se importantes perdas de produtos nos sectores da produção, da transformação, da distribuição, do consumo pessoal e colectivo sem qualquer perturbação das consciências, embora
se trate de bens indispensáveis à vida
de cada homem e
uma parte da humanidade
se encontrar deles privada
















Acredito que uma
das razões da manutenção da pobreza é esta incrível perda de valores
que impera nas
sociedades actuais.














É este espírito de não respeito dos valores do Homem e dos bens
que estão ao seu
serviço que cria e faz perdurar a pobreza















Distribuímos, através das instituições, alimentos a pessoas que têm fome de pão e de afecto, para que possam reencontrar a dignidade muitas vezes perdida, a auto-estima
que as impede de sair do ciclo de pobreza em que muitas vezes nasceram

















A missão do Banco
Alimentar só pode ser
levada a cabo com
o apoio de numerosos empresários e empresas
que, preocupados com
o bem comum, incorporam
a responsabilidade social
nas suas decisões
de gestão













Ser voluntário não é
só ajudar uma pessoa
menos favorecida; é muito mais do que isso. É querer fazer o Bem, estarenvolvido como participante em
acções concretas; é
um modo de estar na vida






















Procuramos que a ajuda
que chega aos mais carenciados colmate
não só uma lacuna temporária, mas no
essencial permita aos beneficiários encontrar um ponto de partida para uma nova vida digna e
autónoma, não
dependente de qualquer lógica assistencial

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