Vaticano
Gaudí e a Sagrada Família de Barcelona. Arte, ciência e espiritualidade
A Praça de S. Pedro, no Vaticano, recebe até 15 de janeiro a exposição “Gaudí e a Sagrada Família de Barcelona. Arte, ciência e espiritualidade”.
A iniciativa pretende narrar a história da igreja que em novembro de 2010 foi declarada Basílica Menor por Bento XVI e explicar as próximas etapas de construção. O evento aprofunda igualmente a figura de quem a idealizou, o arquiteto catalão Antoni Gaudí (1852-1926).
Na conferência de imprensa de apresentação do evento, o arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martinez Sistach, referiu-se ao «Servo de Deus Antoni Gaudí» como «arquiteto genial, cristão exemplar e catalão sempre mais universal, cuja causa de canonização está depositada na Congregação da Causa dos Santos».
Conferência de imprensa de apresentação da exposição, Vaticano
O prelado anunciou que em maio de 2012 realiza-se em Barcelona uma sessão do “Átrio dos Gentios”, organizada pelo Conselho Pontifício da Cultura e pela arquidiocese catalã, «dedicada ao diálogo entre crentes e não crentes no âmbito da arte, da beleza e da fé».
Praça Real, Barcelona, 1878
«A exposição que apresentamos sobre a obra de Antoni Gaudí, especialmente a Sagrada Família, é mais uma expressão do contributo da fé cristã no contexto do mundo da cultura, da arte e da beleza que a Igreja realizou ao longo dos séculos», acrescentou.
Casa Vicens, Barcelona, 1883-1888
Na secção dedicada à espiritualidade sublinha-se que o arquiteto «queria criar um lugar que convidaria à instrospecção, recolhimento e oração», assinala o site da exposição.
Palacio Güell, Barcelona, 1886-1889
A Sagrada Família tem várias alusões à fé cristã, desde as fachadas do Nascimento, Paixão e Glória de Jesus, até à estrutura do templo, com doze torres para os seus apóstolos, quatro consagradas aos evangelistas, outra que evocará a Virgem Maria e, a mais alta, que representará Jesus, a única que falta começar. As paredes e fachadas incluem jaculatórias, os vitrais inspiram-se em temas bíblicos e os objetos desenhados para o interior também contribuem para a atmosfera de recolhimento.
Colégio das Teresianas, Barcelona, 1888-1889
A ciência e tecnologia também dispõem de um espaço próprio na exposição, o mesmo acontecendo para outras obras emblemáticas de Gaudí, das quais se mostram fragmentos que ajudam o visitante a compreender a maneira como o arquiteto aplicava a cor, as texturas e as formas, que o próprio concebia ou em parceria com artesãos, procurando tirar o máximo de do ferro, o vidro ou da cerâmica.
Casa Calvet, Barcelona, 1898-1899
A mostra inclui maquetas, planos, fotografias, audiovisuais e objetos litúrgicos desenhados por Gaudí, que iniciou a construção da basílica há 125 anos.
O presidente do Conselho Pontifício da Cultura, o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, intervém a 12 de dezembro na sessão académica intitulada “Arquitetura: símbolo e sagrado. Um século depois de Gaudí”, marcada para o Museu Nacional das Artes do Século XXI, em Roma.
Parque Güell, Barcelona, 1900-1914
No fim desta página encontram-se ligações para páginas do site da Pastoral da Cultura com fotografias da Sagrada Família. As fotos deste artigo privilegiam outras obras projetadas por Gaudí.
Casa Battló, Barcelona, 1904-1906
Casa Milà (“A Pedreira), Barcelona, 1906-1912
Cooperativa La Obrera Mataronense, Mataró, 1883
Primeiro mistério de Glória do Rosário Monumental, Montserrat, 1900-1907
Chalé do Catllaràs, La Pobla de Lillet, 1905
Cripta da Colónia Güell, Santa Coloma de Cervelló (1908-1917)
Rui Jorge Martins
© SNPC |
29.11.11
Templo Expiatório da Sagrada Família: Fachada da Glória, torres e interior | IMAGENS |
Templo Expiatório da Sagrada Família: Fachada da Paixão | IMAGENS |
A Paixão de Cristo segundo Subirachs [IMAGENS]
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