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Monjas Dominicanas convocam cultura e espiritualidade para conferências sobre a fé

O ator e encenador Luís Miguel Cintra, o curador Paulo Pires do Vale e o padre José Tolentino Mendonça são alguns dos intervenientes nas conferências sobre a fé cristã que as Monjas Dominicanas do Lumiar (Lisboa) promovem em 2012/13.

O ciclo “Viver a Fé aqui e agora” começa a 6 de outubro com o tema “A importância do agora: os desafios de um cristianismo sapiencial”, por José Tolentino Mendonça, anuncia uma nota enviada ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

A iniciativa prossegue a 10 de novembro com Pedro Falcão, que refletirá sobre “O que é viver bem? Uma viagem pelo mundo dos clássicos”, e a 8 de dezembro, em pleno Advento, Alfredo Teixeira propõe “Escutar o Natal de Deus: a música como lugar teológico”.

As conferências, enquadradas pelo Ano da Fé, que a Igreja Católica vai viver entre outubro de 2012 e novembro de 2013, continuam a 12 de janeiro com o frei Mateus Peres, que abordará o tema “O tempo e os tempos da vida. Falar da Fé a partir de nós”.

“Lugares inesperados para a visão de Deus – uma viagem pelas artes” é o convite lançado por Paulo Pires do Vale a 2 de fevereiro, enquanto que a 9 de março Emília Leitão apresenta o tema “Errar. Errar mais. Errar melhor: o papel do erro na construção da verdade pessoal”.

A 13 de abril, duas semanas após a Páscoa, Luís Miguel Cintra testemunha “Eu creio na ressurreição”, e a 11 de maio as atenções voltam-se “Para uma poética da Fé: uma leitura de José Augusto Mourão”, por Maria José Vaz Pinto.

Os encontros, que se iniciam às 15h30 e são seguidos de debate, convívio e missa, terminam a 8 de junho com Tolentino Mendonça, numa sessão dedicada ao tema “Por vezes luto com Deus, por vezes danço”.

ImagemDelacroix

«Muitas vezes, para explicar o que é a Fé, vou buscar a imagem de Delacroix sobre o encontro noturno de Jacob e o Anjo. Volto a ela repetidamente porque, na espécie de teologia visual que ali se constrói, encontro o realismo, a lucidez e a consolação que a maior parte dos discursos teóricos não nos dá. No fundo, o que é que nos diz?», pergunta Tolentino Mendonça no texto de apresentação.

«Diz-nos que a Fé é uma experiência inseparável da história de cada um. No jogo da Fé expomos o nosso corpo como Deus expõe o Seu; tocamos e somos tocados, num encontro sem armaduras nem artifícios. A presença é sempre reclamada por inteiro. E as presenças que mutuamente se entregam (a de Deus e a nossa) inauguram um presente», sublinha o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

«Depois, diz-nos que a Fé, mesmo quando se desenha com percurso ao sol, não deixa de ter uma condição noturna. A Fé integra necessariamente um estado de pergunta, de incerteza, de maturação e de caminho. Não se trata de uma marcha por evidências, mas de uma sucessão de começos ancorados na confiança.»

«E por fim, mostra-nos que a tensão da Fé se resolve numa promessa, num abraço, numa dança. E não apenas como realidade projetada num além, mas já no aqui e agora saboreada», conclui.

Referindo-se às motivações que levam as Monjas Dominicanas do Lumiar a organizar encontros com convidados e temas do mundo da cultura, a superiora, irmã Maria Domingos, afirmou que «Deus não tem o braço curto».

«Não é preciso que as pessoas pareçam que estão completamente dentro [da Igreja] para que o Espírito de Jesus Cristo seja verdadeiro», disse em abril ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

A religiosa frisou que «é através da poesia, literatura e arte que Deus se comunica», pelo que «a Igreja devia ser o espaço em que todas essas coisas são acolhidas e veneradas».

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Rui Jorge Martins
© SNPC | Atualizado em 23.01.13 (alteração da data de conferência de Paulo Pires do Vale, que passou de 9 para 2/2)

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