Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi e dar-se-vos-á, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe, quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á. Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão, ou uma serpente se lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos Céus as dará àqueles que Lhas pedem! Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam fazei-lho vós também: esta é a Lei e os Profetas».
Mateus 7, 7-12
Outras leituras do dia: 1 Ester 4, 17. n. p-r. aa-bb. gg-hh; Salmo 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 7c-8
Muitas vezes tememos que a nossa oração seja um monólogo, diante de uma porta fechada. O medo de todo o orante é, no fundo, este: que do outro lado não esteja ninguém a escutar-nos, ou, então, que as nossas preces, os nossos gemidos, as nossas lágrimas sejam indiferentes perante o grande Deus ausente. Ora, Jesus vem ao encontro dos nossos medos, vem dialogar diretamente com a nossa insegurança e assegurar-nos que Deus é um Pai credível.
Card. José tolentino Mendonça
Os cristãos sabem ser «firmes e irremovíveis na fé, amantes dos irmãos, caridosos uns para com os outros, unidos na verdade»: é este o retrato dos crentes que S. Policarpo traça na sua carta aos filipenses, preciosa testemunha da sabedoria deste bispo que foi a última testemunha da época apostólica. De acordo com a tradição, ele foi discípulo de S. João apóstolo: nasceu em Esmirna em 69, e no ano 100 foi escolhido para bispo da sua cidade. Entre os seus discípulos esteve Santo Ireneu, depois bispo de Lyon, e em 107 acolhe Santo Inácio, a caminho, como prisioneiro, para Roma, onde more mártir. Em 154 dirigiu-se também ele para a capital do império para discutir a data da Páscoa, e no ano seguinte, após o regresso a Esmirna, morreu mártir, morto à espada, durante uma perseguição desencadeada na cidade.
Matteo Liut, Avvenire
© Dimpy Balhotia
A terra inteira é uma só alma,
somos parte dela.
Mudar, sim, mudarão as nossas almas,
mas não morrerão nunca as nossas almas.
Somos uma alma única
como única é a terra
Poema ameríndio
Catedral de Santo Estêvão | Bourges, França | demerzel21/Bigstock.com
Sergey Sergeyevich Prokofiev (23.4.1891 – 5.3.1953) compôs uma ampla variedade de géneros musicais, como sinfonias, concertos, bandas sonoras, operas e ballets. Nascido numa família de agricultores, filho de mãe pianista, a vida no campo deixou marcas na sua existência, mesmo depois de transitar para o contexto urbano. O conservatório deu-lhe os fundamentos da música, e não apagou o seu desejo de inovação. A excessiva carga de trabalho que se impôs terá apressado a morte. A sua predileção pela imagética épica ligada ao nacionalismo está patente na majestade heroica e uma das suas obras maiores, a “Quinta Sinfonia”.
“S. Francisco debaixo de uma árvore, em oração” | Rembrandt | 1657
Não é apenas o amor a Deus que tem por substância a atenção. O amor ao próximo, que sabemos ser o mesmo amor, é feito da mesma substância. Os infelizes não precisam de outra coisa neste mundo que de homens capazes de lhes prestarem atenção. A capacidade de prestar atenção a um infeliz é coisa muito rara, muito difícil; é quase um milagre; é um milagre.
Simone Weil