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Umbrais : 26.2.2020

  relâmpago 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a ecompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.»

Mateus 6, 1-6.16-18

Outras leituras do dia: Joel 2, 12-18; Salmo 50 (51), 3-4. 5-6a. 12-13. 14 e 17; 2 Coríntios 5, 20 – 6, 2



  gravetos 

Por que motivo devemos voltar para Deus? Porque algo não funciona em nós, na sociedade e na Igreja, e porque temos necessidade de mudar, de fazer uma transformação. E isto chama-se precisar de conversão! Mais uma vez, a Quaresma vem dirigir-nos o seu apelo profético, para nos recordar que é possível realizar algo de novo em nós mesmos ao nosso redor, simplesmente porque Deus é fiel, sempre fiel, porque não pode renegar-se a si mesmo, continua a ser rico de generosidade e de misericórdia, sempre pronto para perdoar e recomeçar de zero. Ponhamo-nos a caminho com esta confiança filial!

Papa Francisco



  silêncio 





"Exaltabo te Domine", Orlando di Lassus (1530 ou 1532-1594)


  crisântemo 

Se hoje o paganismo se exprime de formas ambíguas, nem sempre facilmente identificáveis, nos primeiros séculos do cristianismo o confronto com esta religiosidade foi o desafio fundamental da evangelização. E os bispos tiveram muitas vezes de aplicar grandes energias físicas para fazer frente à resistência e à perseguição pagã. Em Gaza, a tradição atribui a S. Porfírio, nascido em Tessalónica em 347, um contributo fundamental na superação do paganismo. Chegado a Jerusalém como peregrino, e aí ordenado sacerdote em 392, três anos depois foi escolhido para guiar a comunidade cristã de Gaza, onde se empenhou para obter uma ordem imperial que impusesse o fecho dos templos pagãos. E sobre as ruínas destes edifícios, S. Porfírio de Gaza fez construir vária igrejas. Após 25 anos de episcopado, morre em 420.

Matteo Liut, Avvenire



  invisível 

  brisa 

Vi um anjo branco que sobre mim passava;
O seu voo luminoso a tormenta acalmava,
E fazia calar ao longe o mar ruidoso.
- Que vens fazer, anjo, neste lugar tenebroso?
Respondeu: - A tua alma eu venho buscar.
Tive medo porque ouvi uma mulher a falar:
E disse-lhe, estendendo os braços a tremer:
- Que me restará? pois tu vais desaparecer.
Calou-se; o céu onde a sombra leva a palma
Escurecia… Disse: Se levares a minha alma,
Aonde a levará? mostra-me pra que lugar.
Continuava calado. – Ó viajante do celeste lar,
Serás tu a morte? perguntei, ou és a vida?
Senti sobre a minha alma a noite estendida,
E o anjo tornou-se negro, dizendo: Sou o amor.
A fronte era mais clara que o dia em seu esplendor,
E eu via, na sombra onde luzia o seu olhar,
Os astros, através das asas, a brilhar.

Victor Hugo



  tenda 

  barro 

Poeta, romancista e dramaturgo, Victor-Marie Hugo (26.2.1802 – 22.5.1885) é considerado o mais importante escritor francês do Romantismo. Apesar de ser admirado em França como um dos seus maiores poetas, é melhor conhecido no estrangeiro por romances como “Notre-Dame de Paris” (1831) e “Os miseráveis” (1862). Amado pelo povo, sabia como escrever com simplicidade e de maneira poderosa as alegrias e tristezas comuns. É recordado pela inventividade verbal e virtuosismo técnico, com os quais soube criar poemas quer de intimismo quer de índole épica, visionária e profética. O extraordinário sucesso de “Os miseráveis” em leitores de todo o género adquiriu-lhe popularidade instantânea em França, seguida noutros países depois da rápida tradução para outras línguas.

Britannica



  sentidos 

Imagem "Cristo abençoa" | Fernando Gallego | C. 1492

  ponte 

Só um coração iluminado pode reparar nas muitas flores que se encontram nos caminhos que percorremos todos os dias, porque um coração iluminado sabe, por experiência própria, que nos alicerces da alegria está o que é frágil, o que não conta, o que de algum modo é marginal, o que não é da ordem do necessário, mas do gratuito. Quando vivemos radicados no coração, os nossos dias tão iguais podem transformar-se na nossa mais bela oração. «Vela com todo o cuidado sobre o teu coração, porque dele jorram as fontes da vida» (Provérbios 4,23).

Carlos Maria Antunes



 

Edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 25.02.2020 15.04.2023

 

 
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