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“Todos irmãos” é uma encíclica «notável» que se impõe ler, sublinha diretor do “Jornal de Letras”

«O papa Francisco cada vez mais se afirma como uma das maiores e mais exemplares figuras do nosso tempo. Na primeiríssima linha daquelas cuja doutrina e ação contribui para que não se perca a esperança num mundo melhor, mais justo e humano, mais livre e pacífico.»

É com estas palavras que o diretor do “Jornal de Letras”, José Carlos de Vasconcelos, inicia o comentário na edição desta quarta-feira do quinzenário, intitulado “Francisco, o papa da fraternidade”, no qual se centra sobre o recente documento “Fratelli tutti”.

Trata-se de uma «encíclica notável, sobre as grandes questões e aspirações do mundo de hoje, que em síntese expõe e diagnostica de forma clara e incisiva, apontando caminhos para que cessem os múltiplos tremendos atentados à dignidade da pessoa humana, aos direitos de todos e às próprias leis da natureza», observa o jornalista.

«Para além do que julgo ser a inteira conformidade com o espírito do melhor da mensagem social da Igreja, ao longo dos tempos e ainda hoje tantas vezes desvirtuado ou mesmo “negado”, “Fratelli tutti” é um excecional documento pela visão de conjunto que nos dá dos problemas e dramas atuais e pelos caminhos que aponta para quanto possível os “vencer”, a partir da fraternidade, da solidariedade social (que é muito mais do que a caridade individual), dando aos mais pobres e carecidos aquilo a que têm “direito”, com abertura a todas as culturas e a todos os povos, excluindo os “nacionalismos exacerbados”, os populismos, etc.», observa.

A encíclica apresenta «uma muito aberta, ampla, compreensiva e inteligente visão do mundo, sempre com o sentido de justiça, humanidade e fraternidade que emana do que diz e faz Francisco – e da sua própria figura», acentua.

«Impõe-se ler esta nova encíclica, sobre ela meditar e colher as suas lições», conclui José Carlos de Vasconcelos, que destaca os dois textos sobre o documento publicados nesta edição do “Jornal de Letras”, de Marcelo Rebelo de Sousa e Teresa Toldy.

O depoimento do presidente da República, originalmente apresentado na página Sete Margens, frisa que a encíclica, «grito brutal» que revela «coragem ilimitada», «é um sinal de que a Igreja católica não se acomoda, não transige com as modas de fechamento e de egocentrismo», seguindo, antes, «a linha da mensagem radical do Evangelho da opção preferencial pelos deserdados na economia, como na sociedade, como na política».

Para a teóloga Teresa Toldy, «só quem não quiser olhar para o mundo neste momento poderá não entender a mensagem do papa Francisco» na encíclica, que tem como «preocupações centrais» a «economia e a política, bem como a necessidade vital da promoção de uma cultura de diálogo».


 

Rui Jorge Martins
Fonte: Jornal de Letras
Publicado em 23.10.2020 | Atualizado em 08.10.2023

 

 

 
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