Apesar de ter o recorde mundial no salto em altura, Javier Sotomayor manteve os pés no chão e não tentou passar por cima da barreira de madeira até à cintura que o separava do papa.
O veterano de 50 anos integrou uma pequena delegação atlética de Cuba que saudou Francisco no final da audiência geral que decorreu a 2 de maio na Praça de São Pedro, no Vaticano.
«Foi uma experiência muito positiva, muito bonita, muito bela, acho que qualquer pessoa no mundo deveria ter esse tipo de oportunidade, é das coisas que podem acontecer uma vez na vida, estou muito feliz e muito orgulhoso por me ter sido dada esta possibilidade», declarou.
A comitiva incluiu Luis Enrique Zayas, medalha de ouro no Mundial Sub-20 de 2016, também na modalidade de salto em altura, e o técnico Barbaro Diaz Castro.
«Acreditem-me, sinto-me abençoado por esta oportunidade, por esta coincidência e casualidade que ocorreram neste dia, e entre tantos dias grandes que tive na minha vida desportiva, este será um deles, é uma experiência que contarei aos meus filhos, aos meus amigos e a toda a família, ficará na memória», afirmou Sotomayor aos jornalistas.
Vice-presidente da Federação Cubana de Atletismo, Sotomayor é a única pessoa que ultrapassou os 2,45 m no salto em altura, marca obtida em 1993. Considerado o melhor saltador de todos os tempos, estabeleceu muitos recordes ao longo da sua carreira de quase duas décadas; entre os 24 saltos mais altos, 17 são seus.
A delegação cubana visitou o Conselho Pontifício da Cultura, para uma reunião que incluiu Fabrizio Donato, capitão da equipa nacional de pista da Itália, e Mons. Melchor Sanchez de Toca, subsecretário do organismo da Santa Sé.
Com o terço oferecido pelo papa ao pescoço, Javier Sotomayor, que falou da ajuda divina aquando dos seus saltos, deu conselhos a alguns dos membros do clube de atletismo amador da Santa Sé, Athletica Vaticana, presentes na reunião.