Prémio de Cultura Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes
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Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes 2010

"Aqui e agora"

Texto integral e revisto do diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, José António Falcão, no ato de entrega da edição de 2010 do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes, realizada a 25 de Junho, em Fátima.

1. É com um misto de alegria, emoção e temor que me aproximo para agradecer, em nome do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, o Prémio que lhe foi atribuído. Esta confusão de sentimentos, aliás, é compartilhada por todos os membros da nossa pequena equipa, os presentes e os ausentes, aqueles que, por se tratar hoje de um dia de trabalho, não puderam deixar as suas ocupações e vir do Sul até Fátima.

De facto, ter sido escolhidos pelo júri do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes constitui algo que nos tocou fundo. Esta distinção representa a melhor recompensa que poderíamos esperar, na conjuntura actual, para o nosso trabalho. Trata-se de um prémio emblemático. Em primeiro lugar, pelo reconhecimento que denota, por parte da Igreja portuguesa, através de uma prestigiada comissão da Conferência Episcopal, ao trabalho desenvolvido pela Diocese de Beja na salvaguarda e valorização do património do seu território. Depois, pelo facto de estar associado ao nome do P.e Manuel Antunes, pensador de referência do século XX, cujo magistério deixou marcas indeléveis. Finalmente, por ter sido outorgado, nos anos anteriores, a figuras gradas da cultura do país. Também aqui caminhamos sobre os ombros de gigantes.

FotoCón. João Aguiar, José António Falcão, D. Manuel Clemente, D. António Vitalino

Considerando tudo isto, estamos muito satisfeitos e muito honrados, mas sentimos sobre os nossos próprios ombros um peso enorme. Porém, o facto de ser a Árvore de Vida a dar o título principal e a servir de inspiração de fundo ao Prémio traz-nos um pouco de alento para assumirmos tamanha responsabilidade. É um sinal de esperança. Há um texto extraordinário do Livro do Apocalipse que sempre me intrigou. Diz assim: “No meio da praça da cidade e nas margens do rio está a árvore da Vida que produz doze colheitas de frutos; em cada mês o seu fruto e as folhas da árvore servem de medicamento para as nações.” Estas palavras de São João vieram-nos à mente, aos meus colegas e a mim, quando chegou a Beja, por discreto telefonema do P.e José Tolentino Mendonça, a notícia do Prémio. O mundo é um enigma visto através de um espelho. A razão, o sentimento, a fé conduzem-nos até ao portal do mistério. A distinção outorgada pelo Episcopado faz parte desta teia em que confluem o visível e o invisível. Ajuda a iluminar-nos, aqui e agora, o caminho.

Tão próximo da estiagem alentejana, o calor desta tarde de Junho aconselha-me a ser breve. Peço assim perdão por não falar do Departamento, a não ser para referir que ele foi fundado em 1984 por D. Manuel Franco Falcão. Este pouco mais do que um quarto de século representa quase nada na vida milenar da Igreja, mas, no nosso país, corresponde a algo pouco usual em organismos dedicados à cultura – sobretudo quando eles se encontram constituídos essencialmente por voluntários, como é o caso. Permitam-me, por isso, que invoque a relativa maturidade deste serviço diocesano para lembrar que a nossa área de intervenção, o património religioso do Baixo Alentejo, embora corresponda a algo primordialmente técnico, foi sempre entendida como uma ponte entre a Diocese e as forças vivas de uma região que se orgulha da sua identidade e da cultura e tem sabido defendê-las com coragem.

 

2. Entre muitas outras coisas, o património histórico-cultural significa um repositório da memória das comunidades, um tesouro científico e artístico, um poderoso auxiliar da evangelização, mas não se esgota em si mesmo, nem deve constituir uma “vaca sagrada”. Na verdade, este património só deixa de estar mudo quando fala aos corações dos homens. Por isso nos temos esforçado tanto, no Alentejo, em mantê-lo vivo e em suscitar um diálogo que não se esgote aqui e agora. Cumpre-nos cuidar do que recebemos e transmiti-lo, valorizado, a quem nos sucederá. Tudo é nosso e nada nos pertence.

Uma vez que, sem pessoas, a cultura não se cumpre, a nossa luta é também uma luta pelo desenvolvimento – esperança maior de um território que, até há pouco, nos estava a morrer nas mãos e dá agora sinais, finalmente, de voltar à vida. É a partir das trincheiras de uma zona que, sem temer a solidão, não se conforma com o esquecimento, tendo sabido encontrar na identidade um antídoto contra a extinção, que hoje vos falo. Também nós, aqui e agora, somos filhos da condição pós-moderna, uma realidade que deve ser bem pensada, pelas suas consequências, às vezes trágicas.

Esta pós-modernidade, que é a modernidade do tempo que nos foi dado viver, ter-se-á iniciado com a queda do muro de Berlim. Em rigor, começou muito antes. O seu primeiro diagnóstico deve-se a Jean-François Lyotard que, em A Condição Pós-Moderna (1979), mostrou como a evolução da cultura seguiu, a partir dos finais do século XIX, uma transformação radical, introduzindo mudanças decisivas na ciência, na literatura e nas artes.

O fenómeno já tinha sido intuído por Marx e Engels, ao demonstraremna Ideologia Alemã que a concorrência universal imposta pelo capitalismo destruíra a naturalidade no trabalho humano, dissolvendo as relações naturais em relações monetárias. Avaliava-se assim, à distância de quase cem anos, o profundo impacto da revolução industrial nos distintos campos do saber. A história provou que este viria a tornar-se o motor da sociedade contemporânea, a sua principal força de produção. Algo que não está desvinculado dos jogos do poder económico e político, constituindo a “moeda” que define a hegemonia entre as nações e – cada vez mais – entre as multinacionais.

Prenúncio da “aldeia global”, a difusão incessante do conhecimento é vista pelo neoliberalismo como a panaceia para todos (ou quase todos) os males. Estamos hoje envoltos numa rede planetária que nos assombra, alterando de forma substancial a nossa relação connosco próprios, com os outros e com a natureza. Foram muitas as consequências de tão vertiginoso processo. A informação democratizou-se, passou a ser instantânea e universal. As culturas nacionais, regionais e locais sofreram uma descaracterização ainda mais acentuada, corolário do longo processo de aniquilação dos saberes tradicionais dos povos, encarados como um obstáculo a eliminar para que o progresso e a civilização a todos bafejassem.

Filhos do Iluminismo, depressa esquecemos a nostalgia de Rousseau quanto à bondade dos selvagens, a capacidade de rir de Voltaire ou a supremacia do ideal de Hegel. Basta ler os Tristes Trópicos, de Lévi Strauss, para fazermos uma ideia de tudo o que se destruiu. Livro amargo, mas livro verdadeiro. Se é certo que a humanidade vive hoje melhor do que antes da invenção do vapor, o que deixámos para trás foi muito, foi talvez demasiado.

 

3. Modernos que já fomos, somos entretanto pós-modernos. Uma condição que Lyotard deixa no limite da agonia. Segundo ele, a característica fundamental do homem pós-moderno é a incredulidade em relação às metanarrativas, esquemas de cultura narrativa que permitem organizar e explicar conhecimentos e experiências, como a dialéctica do espírito ou a emancipação da humanidade. Isto significa que a ciência já não é a fonte da verdade. Depois de termos morto a religião, a sociedade sem classes, a tradição, estamos órfãos de nós próprios. E em que acreditaremos, afinal?

A leitura da consciência pós-moderna abriu o caminho a outras interpretações também estimulantes. Fredric Jameson viu nela a lógica cultural do capitalismo tardio, correspondente à terceira fase do capitalismo, que acaba de deitar por terra o estado do bem-estar, fazendo cair as bolsas e criando multidões de desempregados. Zygmunt Bauman preferiu a expressão modernidade líquida para definir uma realidade ambígua na qual tudo o que parecia sólido se dissolve. Jürgen Habermas associou a pós-modernidade às tendências neoconservadoras, determinadas a combater os ideais iluministas; voltaríamos assim ao negrume da razão, um obscurantismo exemplificado pelo pensamento criacionista. Aliás, um mestre da envergadura de Alex Callinicos não se esqueceu de recordar que a descrição do mundo pós-moderno por Lyotard pode ser entendida em si mesma como uma narrativa...

São inúmeras as pistas para se compreender o que somos ou o estado a que chegámos. Um conceito especialmente inovador prende-se com a noção de sociedade pós-industrial. A ideia deve-se a Alain de Touraine, acérrimo crítico da globalização, que acusa de isolar o indivíduo. Nesta sociedade dominada pelo conhecimento os conflitos de classes institucionalizaram-se, abrindo espaço a reivindicações de ordem cultural que caminham para as instituições e a política. Daí a importância do tema da alienação – a assimilação dos indivíduos nos aparelhos dominantes que visam impor um modelo de desenvolvimento económico sob um aspecto impessoal, proposto como única alternativa possível, supostamente no interesse de toda a sociedade. A integração, a manipulação e a sedução constituem as suas armas. Não é preciso olhar muito à nossa volta para as reconhecermos com veemência.

O mundo da cultura ganhou, assim, extraordinário peso, tornando-se um factor fundamental de decisão. Se quisermos traçar-lhe o perfil, há um conjunto de aspectos que não podem ser esquecidos. O primeiro é o de que incerteza em que vivemos conduziu a uma percepção aguda da fragilidade dos vínculos humanos, traduzindo-se numa certa insensibilidade face à vida comunitária e ao futuro. Isto constitui uma consequência da fragmentação dos interesses e dos afectos, movidos essencialmente pelas vantagens que geram. Dir-se-ia que a esfera comercial impregnou tudo, tudo reduzindo à liquidez resultante do equilíbrio entre custo e benefício.

Tanto pragmatismo tornou a relação do indivíduo com a sua envolvente deveras favorável à superficialidade e à desvinculação. Numa sociedade deveras agressiva e competitiva, também o corpo e o amor envelhecem e decaem, importando ser flexível, custe o que custar. É melhor não alimentar sentimentos profundos pois estes criam dependência. Tudo parece descartável. Para as massas, identidade e consumo tendem cada vez mais a identificarem-se: diz-me o que consomes, dir-te-ei quem és. Como o consumo não deixa de ser volátil, acabamos por transformar-nos em consumidores de espuma, algo entre o líquido e o gasoso, extremamente instável.

Num mundo fluído a solidez torna-se a excepção. A cultura, tal como a identidade, passou a ser “nómada”. Existe um claro fenómeno de abandono do território. Os compromissos e estabilidade representam perdas de tempo, de energia e de dinheiro. O que interessa é apanhar a crista da onda, na certeza de que ela passará depressa. A cultura, como a sociedade, está a constituir um espaço de surf, ainda que muitos não saibam nadar. Como as regras são maleáveis e tudo parece mais ou menos relativo, mais vale aproveitar enquanto se pode. Quem não se move, quem não consome, quem não pilha, que não se organiza para dominar, só pode ser idiota.

Esta incapacidade de gerar laços duradouros, de querer colher sem semear, de desejar experiências sempre novas, cada vez mais intensas, fez dos territórios, e particularmente das cidades, um espaço aberto ao medo. Os núcleos urbanos tendem a rodear-se de muralhas contra os perigos reais ou imaginários. Somos escravos do medo. A ameaça terrorista, antes periférica, converteu-se num eixo central. O inimigo passou a ser o vizinho, o concidadão, o visitante, quem sabe se o familiar. Estamos sozinhos e temos receio da nossa própria sombra.

A paranóia da Europa saída do século XIX arrastou o Ocidente para duas guerras mundiais e preferiu trocar o divã de Freud pelo bordel e pela caserna, prometendo o céu na terra às multidões desesperadas e enraivecidas. Nos anos seguintes, o Estado Social deu-nos como leitura de almofada um desses romances descartáveis e quis adormecer-nos com umas bolachas e um pouco de leite, certamente subtraídos aos excedentes alimentares da União Europeia. Amodorrámos com o estômago mais reconfortado, mas os ruídos da rua voltaram a acordar-nos. Quando desejámos conciliar outra vez o sono, fomos atormentados por fantasmas, os nossos e os dos outros. A duplicidade moral, paga-se caro. Hoje paga-se com cocaína, a suposta energia da vida cultural, como ontem o foram o absinto ou o ópio.

Permitam-me que abra aqui um parêntese para lembrar que a velha casa portuguesa é, com a distância que o nosso adormecimento sempre propicia, um exemplo desta fragmentação “moderna”. Somos livres, vivemos numa democracia formal, conseguimos dar passos extraordinários nos campos da educação, da saúde, da tecnologia, da modernização dos costumes. Porém, continuámos infelizes – e não sei se mais lúcidos. Também não sei se injecções valentes de futebol, uma ou outra procissão, pílulas do dia seguinte distribuídas gratuitamente, mentiras públicas e privadas e muitas outras coisas podem ocultar a real infelicidade que se apoderou da vida contemporânea e que radica neste drama de caminharmos sobre areias movediças, quando nos foi prometida terra firme.

 

4. Eis que, fautora de uma cultura doente, a humanidade adoeceu e acabou por contagiar gravemente o planeta. A exploração irracional dos recursos naturais, que teve o seu corolário no desastre causado pela BP no golfo do México, um Chernobyl marítimo, demonstra como estamos a ir longe demais. Face ao descalabro, o presidente Obama fala de milhares de milhões de dólares de indemnizações. Às aves, às plantas, aos peixes, aos infinitos organismos moribundos de pouco servirá tal fortuna.

Face ao desgaste do paradigma que nos conduziu até aqui, vai ser preciso travar a corrida para o precipício e encontrar uma alternativa que passe, ao nível global, por um maior equilíbrio no interior do indivíduo, o que exige a capacidade de conjugar melhor a acção e a reflexão e pressupõe o auto-conhecimento. Trata-se de restituir a pessoa à pessoa. Num segundo momento, é necessário repensar as relações entre o indivíduo e a sociedade, orientando-as cada vez mais para o combate à alienação. Finalmente, há que reaproximar a colectividade da natureza, a sua origem. Como explicou o Cândido do célebre romance de Voltaire ao Dr. Pangloss, “é preciso cultivar o nosso jardim”.

As religiões desempenham nisto um papel fundamental. Ao proclamarem a sua morte, o positivismo e o cientismo esqueceram a verdade profunda do coração humano, que não cabe numa fórmula matemática ou numa tese de doutoramento. O mesmo século XX que anunciou a morte definitiva de Cristo, reduzindo Moisés, Buda ou Maomé às vitrinas dos museus do Ateísmo, não cessou de demonstrar a sua insaciável sede do infinito. Galileu, Darwin, a descoberta da penicilina, a bandeira colocada na lua, o CERN não são incompatíveis com a procura da beleza profunda e perene.

É precisamente este sinal de esperança que se aguarda da Igreja. Quando tudo vacila, espera-se que os seus pilares continuem firmes. Há sobre isto visões muito diferentes, como multiforme é a realidade eclesial. Para alguns, diante do desastre a única solução será erguer uma fortaleza impenetrável, rodeada pelo arame farpado do dogma e protegida pela artilharia pesada do rigor doutrinário e dos ideais piedosos. Este conceito, tão antigo como a Igreja – basta ler São Paulo –, significa um beco sem saída. Para outros, a via consistirá numa abertura decidida aos ventos da modernidade, aceitando de braços estendidos os reptos que hoje se colocam à sociedade global. No entanto, como fazê-lo sem ceder a modismos ou à tentação de mudar por mudar?

Nunca será demais abertura relembrar a importância da abertura prevista pelo II Concílio do Vaticano – um imperativo ainda não suficientemente concretizado. No entanto, o aggiornamento não nos deve levar a esquecer que, podendo prescindir do lastro, não podemos afastar-nos do essencial. É também isso o que se espera de nós, como cristãos: que sejamos um ponto de equilíbrio entre margens afastadas e que, a partir da nossa própria história, a História da Salvação, consigamos ler os sinais dos tempos.

As metamorfoses ocorridas nas últimas décadas reflectiram-se profundamente na Igreja, nem sempre da melhor maneira. Um dos campos em que esta recuou para a sacristia – perdoem-me a figura de estilo e compreendam o que ela procura sintetizar – foi o da cultura e, mais ainda, da arte. Hoje nota-se um certo entrincheiramento por parte de muitos sectores, pouco abertos a acolher quem nos bate à porta.

Sem querer particularizar, não posso deixar de referir o fraco estímulo dado entre nós à criação contemporânea. Em contrapartida, não faltam exemplos de mau gosto, de ostentação e até de descuido onde deviam imperar a simplicidade, a descrição e o zelo. Têm sido apontadas para isso inúmeras causas, desde a falta de preparação estética do clero até ao predomínio da religiosidade popular. No fundo, trata-se de um problema de pobreza cultural, extensivo à sociedade.

 

5. Face ao presente estado de coisas, espera-se que façamos mais e melhor. Espera-se sobretudo que a Igreja, num momento de profunda crise, exerça a sua actividade profética também no campo da cultura. É neste areópago que se decide o futuro. Com a excepção de algumas vozes, clarões na noite escura, temos estado demasiado calados e o silêncio torna-se por vezes conivente. As dificuldades são muitas, pois pisamos um terreno minado, que a nossa prolongada ausência tornou ainda mais árduo. Porém, a sociedade quer escutar o contributo do Cristianismo. Não um contributo qualquer: um contributo que faça a diferença. É esse o sentido mais profundo do humanismo cristão, sonhado por figuras gradas como Teilhard de Chardin, Alain Couturier ou Abel Varzim.

Comecei por falar de património e termino a falar dele. O verdadeiro tesouro da Igreja, nem sempre bem compreendido, são os outros, os pobres, não só aqueles de que a actividade social se ocupa. Hoje todos somos órfãos de beleza, a começar pela verdadeira beleza que só se pode beber na fonte das águas vivas. Espera-se que a Igreja dê também o seu contributo para transformar uma sociedade talvez feia, mas que aspira ao bem e à beleza. A pedagogia do belo e do verdadeiro representa uma consequência absoluta da Encarnação.

Não podemos esquecer nem omitir que os artistas são, pela sensibilidade e pela capacidade de ver além do evidente, demiurgos, intérpretes privilegiados dos desejos e das angústias – e sinalizadores dos caminhos a percorrer para se criar uma sociedade mais completa e mais justa, ou seja, a antevisão daquela Jerusalém Celestial que não faz só parte dos nossos sonhos, mas é a medida da nossa vida. Não vislumbro que possamos seguir por outro caminho que não seja o do diálogo, da partilha e o da aceitação dos desafios que a vida nos coloca. Mas pergunto: porque tardamos tanto?

 

José António Falcão
Director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja
© SNPC | 05.12.10

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