Os Museus do Vaticano e o complexo das Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, próximo de Roma, vão abrir as portas, gratuitamente, aos médicos e agentes de saúde, durante uma semana.
Com esta medida, os Museus, que voltaram a aceitar visitantes a 1 de junho, e as Vilas, acessíveis a partir de sábado, «querem unir-se ao universal sentimento de gratidão para o pessoal sanitário», refere a agência noticiosa do Vaticano.
Trata-se de «um gesto simples, mas repleto de significado, e inspirado na convicção de que a arte e a medicina são unificadas por um fim mais alto: assumir o cuidado pela pessoa humana, na sua integralidade».
Passível de ser reproduzida nas centenas de estruturas museológicas ao cuidado da Igreja católica em Portugal e no mundo, a iniciativa, aberta a médicos, enfermeiros e pessoal de saúde em serviço em estruturas públicas e privadas de Itália, é extensível a um eventual acompanhante, e decorre entre 8 e 13 de junho.
Os Museus do Vaticano acolhem coleções egípcias, etruscas, gregas e romanas, cristãs e epigráficas, a par de obras-primas da pintura de diferentes séculos e tesouros da humanidade, como as Salas de Rafael e a Capela Sistina, com os frescos de Miguel Ângelo.
Os Museus, fundados pelo papa Júlio II no século XVI, exibem também artes decorativas, coleções etnológicas, coleções históricas e obras de arte moderna e contemporânea.
Na reabertura, os visitantes, sujeitos a medidas de saúde pública para evitar o contágio do Covid-19, poderão descobrir o restauro do Salão de Constantino, uma das quatro salas de Rafael, e, na Pinacoteca, da oitava sala dedicada ao mesmo pintor, de quem se assinalam, em 2020, os 500 anos da morte.
De acordo com o “The Art Newspaper”, os Museus do Vaticano, com perto de sete milhões de visitantes, foram, em 2019, os terceiros mais frequentados no mundo, ascendendo pela primeira vez ao pódio, depois de subirem uma posição em relação ao ano anterior.