Isabel Maria Alçada Cardoso é a nova diretora do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, de acordo com o comunicado da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, divulgado a 1 de maio.
Nascida em Coimbra no ano de 1962, a responsável, nomeada para um período de três anos, é licenciada em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa (1985) e em Ciências Religiosas pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (2007), instituição onde obteve o mestrado em Teologia (2009). É doutoranda em Teologia e Ciências Patrísticas no Instituto Patrístico Augustinianum, em Roma.
Além de ser assistente convidada da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, coordenou, recentemente, o grupo de trabalho da I Jornada Nacional de Arquitetura e Artes para a Liturgia, realizada a 9 de novembro, em Fátima.
As investigações históricas e teológicas que desenvolveu estão na origem das obras “Domingo, Dia da Ressurreição” e “Encarnação e imagem”, a par de várias traduções para português de livros e artigos relativos a múltiplos temas pastorais.
Integrou a estrutura de apoio do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, tendo, nomeadamente, redigido textos como “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 16,21)” e “‘A Anunciação a Maria’ de Paul Claudel”.
O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) é um organismo da Conferência Episcopal Portuguesa criado por decisão do Episcopado em maio de 2003, então com a designação de Comissão Episcopal da Cultura.
«Esta Comissão existe para ativar na Igreja a atenção para a realidade cultural no sentido das mentalidades, das ideias, das sensibilidades, dos gostos, das preferências, de tudo aquilo que mexe com as pessoas, num sentido mais amplo e mais vasto do que aquele que a palavra ganhou. Existimos, portanto, em função das outras Comissões, para que tenham relevância cultural, em atenção às mentalidades dominantes no meio, para não correr o risco de estar a dar respostas a perguntas que ninguém fez e acertar ao lado das grandes questões», explicava em junho de 2003 o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Card. Manuel Clemente, então bispo auxiliar de Lisboa.
Em 2005 o SNPC assumiu a designação que mantém até hoje, tendo sido integrado na Comissão Episcopal para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, presidida, atualmente, por D. Nuno Brás, bispo do Funchal.
A nova diretora sucede no cargo ao Card. José Tolentino de Mendonça (2005-2015) e José Carlos Seabra Pereira (2015-2025).