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IndieLisboa está satisfeito com presença da Igreja e Igreja tem motivos para estar satisfeita com o festival, diz organizador

Imagem Miguel Valverde | © IndieLisboa

IndieLisboa está satisfeito com presença da Igreja e Igreja tem motivos para estar satisfeita com o festival, diz organizador

Miguel Valverde, co-organizador do IndieLisboa, festival internacional de cinema independente, considera que a Igreja católica tem motivos para estar satisfeita com o envolvimento na iniciativa, existindo o mesmo sentimento por parte da organização.

«A Igreja pode aprender com o IndieLisboa que a cultura é um mundo muito vasto e traz muitas boas surpresas, mesmo onde não estamos à espera», declarou ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura logo após a sessão de atribuição de prémios, que decorreu no domingo.

«Há filmes que podem ser muito fortes a diversos níveis, e o facto de haver outro olhar que observa na perspetiva do cinema, não só a partir dela mas dando-lhe a primazia, é aquilo que faz a diferença e permite que não só o Festival esteja contente, como eu acredito que a própria Igreja católica esteja muito contente com esta associação», afirmou.

O responsável salientou que a Competição Nacional, avaliada pelo júri do prémio Árvore da Vida, é composta por filmes «que o público, no início do Indie, tinha mais dificuldade em ver, mas que, à medida que os anos foram passando, atraem cada vez maior atenção».

«Saber que há um júri específico que vê toda a Competição Nacional, e agora também a secção Novíssimos, e que pensa o cinema e os valores espirituais que se lhe colocam, daí surgindo decisões que, com frequência, não são iguais ao júri da Competição Nacional, faz com que não só aumentemos as possibilidades de premiar o cinema português, como também distingue propostas que, muitas vezes, são ousadas», apontou.

"Ascensão", de Pedro Peralta, distinguido este ano com o prémio de dois mil euros, atribuídos pelos Secretariados Nacionais da Pastoral da Cultura e das Comunicações, é o exemplo de uma escolha única entre todos os júris do IndieLisboa, e que, para Miguel Valverde, pode ser um dos vencedores do festival de Cannes, onde foi selecionado para a Semana da Crítica.

«Um filme que é, provavelmente, o mais interessante de toda a Competição Nacional e, simultaneamente, com o que ele representa em termos de valores espirituais mais fortes, justificaria não só a atribuição de um prémio, como sobretudo o prémio que lhe foi atribuído», acentuou.

Referindo-se à edição de 2016, a 13.ª, Miguel Valverde realçou que «o trabalho estruturado ao longo de um ano consome-se no festival, no sentido de que tudo o que é pensado, aproveitando as ideias que todos foram dando, é materializado durante os dias do Indie».

«Ver que o público responde às nossas propostas, que se vai entusiasmando com os filmes e que vai votando, ao mesmo tempo que se gera na cidade uma comunidade que olha para o Indie como mais do que ir ao cinema, é o que nos motiva o trabalho anual», apontou.

O relacionamento entre os membros que compõem a organização é uma das marcas que distingue o festival: «Sentimos que o trabalho na equipa e a amizade que nos une transparecem em cada apresentação, em cada momento em que os convidados estão a falar connosco ou a partilhar com o público».

«Esse sentimento de comunidade e amizade existente na nossa equipa passa para fora, para quem trabalha connosco e para quem assiste aos filmes. Por isso acho que se cria sempre, durante o Indie, uma sensação única. Já visitei muitos outros festivais, onde vejo que estão muito bem feitos e organizados, mas não sinto uma atmosfera tão calorosa. E acho que os realizadores também sentem isso», sublinhou Miguel Valverde.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 04.05.2016

 

 

 
Imagem Miguel Valverde | © IndieLisboa
«Um filme que é, provavelmente, o mais interessante de toda a Competição Nacional e, simultaneamente, com o que ele representa em termos de valores espirituais mais fortes, justificaria não só a atribuição de um prémio, como sobretudo o prémio que lhe foi atribuído»
«Ver que o público responde às nossas propostas, que se vai entusiasmando com os filmes e que vai votando, ao mesmo tempo que se gera na cidade uma comunidade que olha para o Indie como mais do que ir ao cinema, é o que nos motiva o trabalho anual»
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