Os ensinamentos e propostas do papa Francisco constituem a linha narrativa do documentário “Francesco”, do realizador norte-americano Evgeny Afineevsky, nomeado para um Óscar, que será estreado hoje, no Festival de Cinema de Roma.
A guerra, a violência, muros que se abrem e estradas que se cortam, alterações climáticas, migrações e disparidades económicas são alguns dos temas que o cineasta aborda, intercalando entrevistas exclusivas a Bergoglio com depoimentos de pessoas da família, do colégio cardinalício e de outras religiões.
Na quinta-feira, 22 de outubro, a película, que não pretende ser uma biografia do papa, recebe, nos jardins do Vaticano, o prémio Kineo, entregue pela 18.ª vez a quem promove temas sociais e humanitários.
“Francesco”, que foi concluído em junho, em plena crise da pandemia na Europa, relança ideais que podem «ajudar a construir uma ponte para um futuro melhor e crescer como comunidade global», refere a produtora.
O filme conclui a trilogia de documentários de Afineevsky, que entre 2013 e 2016 filmou em cenários de guerra, seguindo as revoluções na Ucrânia e na Síria, de que resultaram “Winter of fire” (Netflix) e “Cries from Syria” (HBO).
O documentário coloca «profundas questões sobre a condição humana e realizar uma profunda e compassiva imersão» nas «questões mais prementes»: «À medida que avançamos nesta viagem, o nosso guia é o papa Francisco, que nos mostra, com enorme humildade, sabedoria e generosidade, exemplos comoventes das suas lições de vida».