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Filme sobre criança para quem não há lugar é o filme europeu de 2019 para a Igreja católica

A história ficcionada de uma menina de nove anos para a qual não parece haver lugar, inclusive em instituições que deviam acolher pessoas com casos psíquicos e sociais mais complicados, é o filme europeu de 2019 para a SIGNIS-Associação Católica Mundial para a Comunicação.

“Systemsprenger” (2017-2019, 118 min.), da cineasta Nora Fingscheid, acompanha Benni (interpretada por Helena Zengel), uma “system crasher” que, devido à agressividade incontrolada, passa a infância em lares e famílias de acolhimento, aspirando, nesses trânsitos, ao amor e a um lar definitivos.

A realizadora, que também assina o argumento, investigou durante vários anos para a sua longa-metragem de estreia, que se aproxima das histórias que lhe foram testemunhadas aquando das entrevistas preparatórias.

Helena Zengel, hoje com 12 anos, mais três do que na rodagem, dá corpo à montanha russa de emoções de uma criança que alterna momentos de alegre tagarelice com tempos de tristeza e desespero, passando por acessos de fúria que acabam em vidros partidos e colocam outros em perigo.

A obra, representante da Alemanha para Melhor Filme Estrangeiro concorrente aos Óscares, foi apresentada em Portugal o verão passado, no FEST Festival Novos Cineastas | Novo Cinema, em Espinho, onde recebeu o Lince de Ouro. Nos Prémios Europeus de Cinema, também em 2019, venceu a categoria de Banda Sonora, e em fevereiro do mesmo ano ganhou o Prémio Alfred Bauer na Berlinale, o Festival de Berlim.

Já este ano, no âmbito da Kino — Mostra de Cinema de Expressão Alemã, que decorreu entre 29 de janeiro e 5 de fevereiro, em Lisboa, obteve o Prémio do público, que homenageia jovens realizadores, com o galardão a ser entregue à jovem protagonista e ao produtor.

Com exibição prevista para este ano nas salas portuguesas, “Systemsprenger”, teve como competidores na distinção da SIGNIS, resultantes de apuramento prévio, “Sorry we missed you (Ken Loach), “Les misérables” (Ladj Ly), “J'accuse” (Roman Polanski) e “Dolor y Gloria” (Pedro Almodovar).

É a primeira vez que a distinção atribuída desde 2008, e que, em nome do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, contou com a votação de Inês Gil, realizadora e professora de Cinema, premeia a cinematografia alemã e, também, uma mulher.








 

Rui Jorge Martins
Com Goethe Institut
Imagem: “Systemsprenger” | D.R.
Publicado em 26.03.2020

 

 
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