O arcebispo D. José Tolentino Mendonça, primeiro diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, vai presidir à comissão organizadora das comemorações do Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas de 2020, anunciou hoje o presidente da República.
O bibliotecário e arquivista da Santa Sé «é uma figura conhecida pela sua independência, pela sua criatividade, por dar voz a setores importantes da sociedade portuguesa, por fazê-lo de uma forma que valoriza a democracia portuguesa e que valoriza o pluralismo», justificou.
Marcelo Rebelo de Sousa, que apresentou o livro "Nenhum caminho será longo - Para uma teologia da amizade", de D. Tolentino Mendonça, considera-o «um homem do diálogo», bem como «um homem da cultura, e um poeta sobretudo, mas também filósofo e ensaísta».
«José Tolentino Mendonça é um criador na substância e na forma, não separando uma da outra, e a meu ver é sempre culto, é sempre poeta e sempre padre», assinalou Marcelo Rebelo de Sousa na sessão de lançamento da obra da Paulinas Editora, em 2012.
Aquando da ordenação episcopal, a 28 de julho de 2018, no seguimento da nomeação, pelo papa Francisco, para as funções que desempenha atualmente no Vaticano, o presidente da República qualificou D. TOlentino Mendonça de «português excecional», tratando-se de «uma das grandes figuras da cultura portuguesa, e todos admitem isso, católicos, não católicos».
As cerimónias do Dia de Portugal de 2020 vão decorrer no Funchal, ilha da Madeira, onde o prelado nasceu (Machico), que está a assinalar os 600 anos do descobrimento, juntamente com a ilha de Porto Santo, e, mais tarde, na África do Sul.
D. Tolentino Mendonça, foi o orador principal do primeiro Congresso Mundial das Redes da Diáspora Portuguesa, que decorreu a 13 e 14 de julho, no Porto.
«Tivemos a boa notícia de contarmos com o padre Tolentino de Mendonça, que agora está no Vaticano, e que tem produzido uma reflexão muito importante sobre a diáspora e a sua importância enquanto elemento constitutivo da identidade do país», declarou na ocasião o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.