A equipa do Conselho Pontifício da Cultura, do Vaticano, regressou a 4 de maio ao trabalho presencial nos seus escritórios, «adotando um distanciamento social apropriado», após semanas de atividade laboral remota.
Os participantes no encontro presencial, inclusive o presidente do organismo, o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, foram fotografados com máscaras no rosto, como memória futura dos dias da pandemia.
A imagem, na qual se pode ver, à direita do cardeal Ravasi, o delegado do Conselho Pontifício, o bispo português D. Carlos Azevedo, e que constitui um estímulo a que todas as pessoas se protejam e protejam as outras, integra a mais recente “newsletter” do dicastério, datada de 13 de maio.
O organismo decidiu interditar as visitas à sua sede e adiar as iniciativas planeadas, entre as quais avulta a assembleia plenária, que será dedicada ao tema “Um humanismo necessário”, depois de em 2017 ter sido debatido “O futuro da humanidade”.
Entre as atividades que aguardam reagendamento está o projeto de teatro que consiste em três mostras baseadas nas figuras de Antígona, Prometeu e Atlas, bem como a conferência internacional de ciência “Explora mente, corpo e alma” #UniteToCure.
O Comboio das Crianças”, iniciativa no âmbito do Átrio dos Gentios – plataforma de diálogo entre crentes e não crentes – que anualmente junta meninas e meninos de regiões desfavorecidas ou atingidas por fenómenos naturais violentos em Itália ao encontro do papa – primeiro de Bento XVI, e agora de Francisco –, foi igualmente protelado.
A reunião de atletismo “We run togrther”, a maratona pela paz e um debate sobre inteligência artificial foram diferidos, bem como três encontros do Átrio dos Gentios, sobre “Fé e superstição”, “Fellini e o sagrado” e “Moda, beleza e espiritualidade”.
Um concerto de música sacra no Senado italiano e o festival de fé e cultura em Nova Iorque foram igualmente suspensos, a par dos discursos e conferências dos membros do Conselho Pontifício.