O cardeal José Tolentino Mendonça foi distinguido com o Prémio Universidade de Coimbra, que vai ser atribuído na próxima segunda-feira, 1 de março, na sessão solene comemorativa do 731.º aniversário da instituição, anuncia hoje o Jornal de Notícias.
«Trata-se de uma figura ímpar, uma pessoa da cultura, com uma visão social inclusiva, que tocou muito diretamente ao júri, que o nomeou por unanimidade. Não obstante termos diversos candidatos de grande valia, o cardeal D. Tolentino de Mendonça destacou-se dos demais pela figura inquestionável que é no plano nacional e internacional», declarou o reitor, Amílcar Falcão.
Instituído em 2004, o galardão da universidade «mais antiga do país e uma das mais antigas do mundo», que remonta aos finais do século XIII, é concedido anualmente «a uma pessoa de nacionalidade portuguesa de inequívoco valor percebido na sua área profissional - que pode ser das áreas da cultura, da economia e gestão e/ou ciência e inovação - que se distinguiu no ano transato de forma inequívoca no apoio incondicional ao desenvolvimento das pessoas, das famílias, das empresas e das comunidades, apoiando um crescimento inclusivo e sustentável de sociedade», refere o regulamento.
Com o total de vinte e cinco mil euros, o prémio vai ser, pela primeira vez este ano, dividido em duas partes: 10 mil euros para o cardeal Tolentino, e o restante para uma bolsa de investigação numa área a determinar pelo galardoado.
«Tratando-se de quem se trata, acreditamos que será, certamente, de uma área de inclusividade, de resposta às necessidades da sociedade num ano tão difícil como o que estamos a viver e em que a Humanidade, que é o tema da 23.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra, fica muito bem representada», observou o reitor.
O bibliotecário e arquivista da Santa Sé, primeiro diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, proferirá, a partir do Vaticano, o discurso de aceitação do prémio, com transmissão em direto através dos canais da Universidade de Coimbra.
Rui Vieira Nery, musicólogo e historiador cultural, António Pinho Vargas, autor e compositor, Almeida Faria, ensaísta e escritor, Pedro Costa, cineasta, Maria Helena da Rocha Pereira, classicista, e Luis Miguel Cintra, fundador do Teatro da Cornucópia, ator e encenador, foram algumas das personalidades da área da cultura já distinguidas pelo prémio, que é atualmente patrocinado pelo banco Santander e tam o apoio do grupo de comunicação Global Media Group.