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Arcebispo de Braga lembra Neno: «Amigos para sempre»

«Caro Neno, foste um ótimo jogador dentro das quatro linhas, mas foste ainda maior nos estádios da vida. Peço-te que na tua morada eterna, com a bonita voz com que nos foste deleitando, cantes para este Portugal, cujas cores também defendeste. Que ninguém durma. Grita bem alto para que aconteça a aurora de um mundo melhor. Por tudo o que fizeste e continuarás a fazer: muito obrigado, e, porque sei que foste meu amigo e eu também fui teu: amigos para sempre!»

Foi com estas palavras que o arcebispo de Braga concluiu a «mensagem por ocasião do falecimento de Neno», atleta que representou a Seleção Nacional de Portugal de futebol e jogou em clubes como o Sport Lisboa e Benfica e Vitória Sport Clube, este da cidade de Guimarães, ao serviço do qual, após abandonar a carreira de jogador, foi treinador de guarda-redes e desempenhou cargos institucionais.

A vida de Adelino Augusto da Graça Barbosa Barros, «verdadeiro legado que não pode ser esquecido», terminou «o primeiro tempo» a 10 de junho, aos 59 anos, e entrou agora «no segundo tempo da vida», acentua D. Jorge Ortiga.

Na segunda parte do desafio da vida, que ao contrário do futebol não termina aos 45 minutos mais descontos, mas que não tem tempo para acabar, Neno vai continuar «a jogar num ambiente marcado somente pelo amor de Deus que lhe testemunha gratidão e recompensa pelas jogadas maravilhosas de amor fraterno e pelas defesas fenomenais dos interesses de todos quantos necessitavam da sua música, sorrisos e palavras amáveis que dirigia a idosos, crianças e a quem dele necessitava».

Neno, prossegue o prelado, «soube estar presente no meio da sociedade que hoje [13 de junho, data da mensagem e do funeral], ao longe e ao perto, lhe presta uma justa homenagem de saudade e memória a perdurar».

«Temos uma sociedade nova para construir. Nas comunidades paroquiais, nas empresas, na política, nos serviços sociais. Também o mundo do desporto deveria acordar para a certeza de que são, praticantes e dirigentes, uma referência para muitos e particularmente para os jovens. Quase sempre os astros brilham durante um momento e desaparecem. Por andam muitos daqueles que já entusiasmaram os adeptos?», questiona D. Jorge.

Depois de vincar a necessidade da «vitória por um mundo mais justo, igual, inclusivo, aberta à fraternidade», o arcebispo manifesta a convicção de que «a memória do Neno não passará facilmente. Pelos jogos dentro dos estádios mas sobretudo pelas bonitas jogadas de solidariedade e atenção aos outros semeadas em todos os momentos da sua vida».


 

Rui Jorge Martins
Fonte: Arquidiocese de Braga
Imagem: D.R.
Publicado em 18.06.2021 | Atualizado em 07.10.2023

 

 
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