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Festas do Espírito Santo em fotografia

João Medina apresentou no dia 1 de Março o seu livro “O Circulo do Espírito Santo”, uma obra que acompanha estas festas na localidade do Ramo Grande, Lajes, entre 2006 e 2008.

O livro retrata o ciclo anual das festas do Espírito Santo, e os outros pequenos círculos existente dentro desta celebração, como o de cada Imperador, que dura uma semana, ou o do primeiro Imperador, mais conhecido como “Imperador de todo o ano”.

A obra começou a ganhar forma na cabeça do seu autor após reparar nas grandes diferenças que existem na ilha Terceira na forma como estas festas eram celebradas.

“Reparei que a zona do Ramo Grande, nas Lajes, era dos locais onde as tradições ainda se mantinham bastante”, afirma João Medina.

A partir daí, falou com as pessoas envolvidas, nomeadamente os Mordomos e Imperadores da festa de 2007 para ter autorização para entrar nas suas casas e captar alguns momentos da sua intimidade durante as celebrações, e a obra arrancou.

O livro, de 96 páginas, inicia-se com a procissão do último imperador de 2006, segue por Novembro desse ano, quando se "começa a planear a festa seguinte", seguindo depois ao longo desse ano todos os eventos que fazem parte da tradição do Espírito Santo, como os peditórios, a prova do vinho ou o acompanhamento dos bezerros, os dois Domingos do Bodo – a parte central do livro - e terminando na passagem das Varas e da Coroa para os primeiros Mordomos e Imperador de 2008.

No total são 228 fotografias, escolhidas de um lote de 8535 tiradas por João Medina, que teve um longo processo de selecção pela frente.

“Escolhi logo pouco mais de 1200 imagens que tive que ir eliminando até ficar com as que estão no livro. Fui falando com as pessoas nos cafés e com os vários Mordomos e Imperadores para ter o seu «feedback» sobre se as fotos escolhidas captavam correctamente os vários momentos da festa. Depois foi resumir tudo num livro de 96 páginas”, explica o autor.

Além das imagens, “O Circulo do Espírito Santo” tem também textos explicativos das várias tradições da festa, escritos em português e inglês, uma opção que se destina “aos filhos de emigrantes que não percebem o português e a ideia foi que eles possam perceber as tradições da terra dos seus pais ou avós”, esclarece João Medina.

Renato Gonçalves

in A União

03.03.2008

 

 

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