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Exposições

Presépios de norte a sul

«A figuração do presépio pode refletir muito da matriz cultural do artista, da sociedade que o executa, que o procura e divulga», sendo considerado por muitos «um autêntico Evangelho traduzido em todas as línguas do mundo», escreve Gonçalo Cardoso, diretor do Museu de Arte Sacra e Etnologia de Fátima, em artigo publicado na Agência Ecclesia.

Apresentamos seguidamente algumas das dezenas de exposições de presépios que decorrem em Portugal.

 

Alenquer
Até 6 de janeiro

Graças à sua disposição em encosta, há muito que Alenquer conquistou o epíteto de "Presépio de Portugal". Reforçando a conotação, é desde 1968 que, no mês de dezembro, a colina da vila acolhe o colorido das figuras bíblicas dos Anjos, do Deus Menino, da Virgem, de São José e dos Reis Magos.

O presépio de figuras monumentais – a maior com cerca de seis metros e a mais pequena com metro e meio de altura – foi concebido, segundo o seu autor, o pintor Álvaro Duarte de Almeida, de acordo com a figuração da pintura portuguesa dos séculos XVI e XVII.

A Biblioteca Municipal acolhe 400 presépios de 24 artesãos e mais de 30 lojas da vila estão decoradas com representações do nascimento de Jesus.

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Barcelos
Câmara Municipal
Até 6 de janeiro

A maioria das peças da exposição “Presépios no Artesanato de Barcelos” é de cerâmica, mas também há peças de outros materiais como o ferro, a madeira e a pedra.

Trinta artesãos do concelho expõem os seus presépios, numa iniciativa que visa mostrar a riqueza do artesanato local ao nível do presépio e a preponderância desta temática religiosa no imaginário sócio-cultural da região.

 

Braga

Museu Pio XII
Até 23/12

As cerca de cem peças, de materiais como madeira, ferro forjado, têxtil, mas sobretudo de cerâmica, da autoria dos mais prestigiados artesãos da cerâmica figurada da região do Minho, como Júlia Ramalho, Júlia Côta, irmãos Baraças, Conceição Sapateiro, irmãos Pias, Fernando Soares, Júlio Alonso, Helena Silva, Manuel Pinha, João Ferreira, Camila Silva e Carolina André.

A receita apurada, à exceção do preço de custo, que reverterá a favor dos autores das obras, destina-se a futuras atividades culturais a desenvolver pelos amigos do museu.

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Tesouro-Museu da Sé
Até 31/12

Uma exposição de presépios do escultor Alberto Vieira está patente ao público no Tesouro-Museu da Sé de Braga.

Intitulada “Altar”, a mostra é uma «súmula de toda a atividade do escultor, que todos os anos presenteia o seu público com uma nova criação inspirada no nascimento de Jesus».

 

Estremoz
Centro Cultural Dr. José Lourenço Marques Crespo
Até 7/1

A mostra é composta por 33 peças de 20 artesãos do concelho, que recorreram ao barro, madeira, ferro, azulejaria, cortiça, cerâmica, mármore e pele.

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Gaeiras
Até 3/1

A 5.ª exposição de presépios decorre no antigo armazém do vinho, na Rua Principal, Na Rua de Santo António está em exposição um presépio animado com cerca de 250 figuras. Ambos os eventos têm entrada livre.

 

Lisboa
Chiado, basílica dos Mártires
Até 22/12

Durante as duas semanas deste projeto proceder-se-á à construção das figuras do presépio, entre as 14h30 e as 19h00, na Rua Garrett, e à recitação diária do terço, por várias intenções, às 18h30.

O “Presépio na Cidade” pretende «dar a conhecer o Menino Jesus» à capital «num Espírito de Paz, Alegria e Simplicidade» e «repor o verdadeiro sentido do Natal».

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Museu Nacional de Arte Antiga
Até 26/2

O museu exibe o presépio que pertenceu ao Convento de Santa Teresa de Jesus em Carnide. Aquilo que se pode ver é a reconstituição do que terá sido «um dos mais enigmáticos presépios portugueses». O conjunto, que entrou nas coleções em 1915, resulta de um restauro, agora terminado.

As figuras da Virgem e de São José, em atitude contemplativa, revelam que o barrista se preocupou mais com o movimento dos panejamentos e não tanto com o dinamismo das figuras. Para o estábulo, inserido em apontamento de arquitetura clássica, convergem pastores, camponeses com oferendas e tocadores de instrumentos.

 

Palácio de Belém
Até 8/1

A mostra na residência oficial do presidente da República, intitulada “Menino de barro – o imaginário do mestre José Franco”, inclui 40 peças, entre presépios e representações da Virgem do Ó e da Virgem do Leite.

A exposição está patente ao público na Galeria dos Viveiros até 8 de janeiro, podendo ser visitada de terça a sexta-feira das 14h30 às 17h30, e aos sábados e domingos entre as 10h30 e 17h30.

José Franco (1920-2009), natural de Mafra, dedicou-se durante mais de 50 anos à arte da olaria, em particular aos temas da arte sacra.

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Galeria A Arte da Terra
Até 8/1

Mais de meio milhar de obras de cerca de 100 artistas portugueses estão patentes numa mostra que prova «a riqueza» da cultura e das artes, «evidentes na multiplicidade de visões artísticas de um único tema: o nascimento de Jesus».

Artesãos, escultores, pintores, joalheiros apresentam nos mais diversos materiais (cerâmica, ferro, vidro, tecido, cortiça, papel, latão, arame, madeira) as suas obras na exposição, que ainda peças de dois museus nacionais.

 

Mangualde
Biblioteca Municipal
Até 9/1

A exposição é composta pelas obras de um colecionador particular, nascido em Seia. As cerca de 250 peças são provenientes de Portugal, 10 países europeus, 10 africanos, 14 asiáticos e 11 americanos.

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Monforte
Galeria e Biblioteca municipais
Até 30/12 e 6/1

Um conjunto de 75 presépios pertencentes a coleções particulares podem ser apreciados na Galeria Municipal até dia 30 de dezembro. Sendo uma mostra composta maioritariamente por presépios portugueses, apresenta também alguns provenientes de outros países.

Numa sala da Biblioteca Municipal está patente ao público um presépio que ocupa uma área de 12 m2, formado por mais de 100 peças, sendo algumas delas articuladas através de pequenos motores alimentados a eletricidade.

 

Priscos (Braga)
25/12 (15h00-18h30), 29/12 (14h30-18h30), 1/1 (15h00-18h30), 7/1 (21h00-23h00) e 8/1 (15h00-18h30)

A paróquia de Priscos apresentou neste domingo a sexta edição daquele que é considerado como o maior presépio da Europa, com 600 figurantes e 80 cenários. O pároco, padre João Torres, disse à TSF que a iniciativa é um «projeto de famílias».

«A grande preocupação é que ninguém fique de fora. Temos pessoas que são crentes, como figurantes, mas também temos pessoas que não são católicas, mas que querem também abraçar este projeto», explicou.

O objetivo é «levar as pessoas, neste tempo de sombras, a olharem para a luz do Natal e a perceberem que Jesus não foi um mito, nasceu numa cultura concreta, com pessoas que também trabalhavam e tinham as suas dificuldades», referiu à Agência Ecclesia.

O presépio, inaugurado pelo arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, estende-se por 30 mil metros quadrados, tendo recebido nas últimas edições uma média de 50 mil visitantes.
Na apresentação da iniciativa ocorrida a 14 de dezembro em Santiago de Compostela, Espanha, o prelado sublinhou que «o Natal pode unir as pessoas na luta contra as adversidades».

Nota: o vídeo refere-se à edição de 2010.

 

S. Paio de Oleiros, Feira
Até fim de fevereiro

A marca de marroquinaria Cavalinho disponibiliza para visita gratuita «o maior presépio em movimento do mundo», com 1500 metros quadrados de exposição, mais de 7000 peças de artesanato e várias figuras em tamanho real.

«Pela pesquisa que fizemos e pelo que nos dizem os artesãos espanhóis e italianos que trabalham para nós e para vários outros países, este é o maior presépio em movimento do mundo», disse o diretor da empresa, Jacinto Azevedo.

 

A estrutura base da composição fica montada de ano para ano, com percursos de água onde há peixes e musgo reais, e em março começam os arranjos mais profundos de manutenção, a que se segue a montagem das decorações em meados de junho.

 

Todas essas tarefas são desempenhadas por alguns funcionários da Cavalinho e vários colaboradores que ajudam na carpintaria, serralharia, eletricidade e robótica, sendo que «chegam a trabalhar no presépio 24 pessoas em simultâneo, às vezes desde as cinco ou seis da manhã até às nove da noite».

 

Depois de em 2010 ter recebido nesse espaço mais de 200 mil pessoas, «a contar por baixo», o diretor espera que este ano os visitantes sejam mais de meio milhão.

O responsável garante que «todos trabalham por amor ao projeto», que surgiu do seu gosto pessoal por presépios e cascatas sanjoaninas, e é «financiado totalmente pela Cavalinho, sem ajuda de quaisquer entidades públicas, nem a nível financeiro, nem a nível de estruturas de apoio».

 

Cinco grandes áreas para entretenimento do público, todas ativadas por sensores de movimento para evitarem desperdício de energia em períodos de menor afluência, resultam do esforço da empresa e da «dedicação dos seus amigos».

 

Na fachada da empresa há uma pista de comboio, uma linha de teleférico, várias casas em lousa, bombeiros que combatem um incêndio, monges de boca coberta e barcos moliceiros, enquanto na lateral da fábrica se encontram réplicas de lenhadores, barbeiros e vindimadores.

 

Na chamada gruta, em frente à fábrica, há uma nave espacial, ciclistas que fazem a Volta a Portugal num percurso ladeado pelo comboio, um urso polar, uma procissão com arcos iluminados, cascatas de águas, uma banda de pais natais e a Branca de Neve e os sete anões.

 

Segue-se a secção dos cenários em tamanho real, com a aparição da Senhora de Fátima aos pastorinhos e «as grandes novidades deste ano», o presépio e a bênção do Papa João Paulo II à irmã Lúcia, figuras que trajam «réplicas rigorosas» e foram concebidas por fabricantes de manequins de forma a exibirem as verdadeiras feições das personalidades retratadas.

 

Há ainda a área que, dedicada à vida de Cristo e à época em que esse viveu, foi este ano aumentada em 48 cenas.

 

S. Roque, Funchal
Até 20 de janeiro

É considerada a maior lapinha portuguesa. No ano passado, registou 50 mil visitas. O tema principal deste ano é “moinhos”. Uma das secções deste vasto presépio que leva pelo menos, meia hora para ser visto ao pormenor é composta apenas por moinhos feitos por artesãos madeirenses.

Há também um espaço onde os visitantes podem recordar os tempos em que os bolos e pão eram feitos num forno a lenha.

O evento, que ocupa toda a sede da associação do Galeão, conta com «quilómetros de papel pintado, cerca de 15 mil lâmpadas, milhares de peças (algumas de grande valor) e o empenho de oito pessoas que nele trabalham desde o dia 1 de outubro.

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Santo Tirso
Câmara Municipal e outros espaços
Até 2/1

Cerca de 400 presépios pertencentes a vários colecionadores e artesãos europeus, estão patentes nos Paços do Concelho. Na cidade, que se reivindica a “Capital Nacional do Presépio”, expõem-se mais 400, nomeadamente nas sedes dos Bombeiros, do Clube Tirsense e da Junta de Freguesia. Durante mês e meio, o concelho transformar-se-á, assim, na Capital Nacional do Presépio.

 

 

Tavira
Bombeiros Municipais

Mais de mil figuras, entre musgo, areia, pedras e cursos de água dão vida ao maior presépio do concelho, construído pelos Bombeiros Municipais de Tavira. Esta iniciativa poderá ser visitada, durante, todo o dia, todos os dias da semana. Desta forma a corporação dos Bombeiros Municipais abre as portas do seu quartel e convida todos os munícipes e visitantes a conhecer aquele que já é considerado um presépio de referência.

 

Valença
Até 12/1

Cerca de 25 presépios em tamanho real estão espalhados pelas principais praças e ruas da cidade, com destaque para as muralhas da fortaleza. Foram construídos com o apoio de várias associações locais, recorrendo à reciclagem de materiais.

Somam-se uma centena de presépios de uma colecção internacional em exposição no Núcleo Museológico de Valença, de todos os tamanhos e feitios.

Os restantes foram criados nos últimos dias pelos comerciantes, como forma de enfeitar as vitrinas para a época de Natal, cada um recorrendo aos materiais "que têm mais à mão", numa mostra que está a envolver toda a cidade. No total são mais de 500 presépios.

 

Vila Real de Santo António
Centro Cultural António Aleixo
Até 6/1

A 9.ª edição «presépio gigante» comporta mais de 16 toneladas de areia, cerca de dois mil quilos de pó de pedra e 1500 quilos de cortiça. A esta lista junta-se uma estrutura de madeira de 170 metros quadrados, em parte coberta por 100 metros quadrados de musgo.

Parte do sucesso do presépio, que é visitado anualmente por 60 mil pessoas, está nas mais de 4 mil figuras. Além da coleção pertencente à autarquia, somam-se outras tantas adquiridas ao longo dos anos.

 

 

Com agências
© SNPC | 18.12.11


 

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