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Guimarães Capital Europeia da Cultura junta-se aos 400 anos da Ronda da Lapinha

A Ronda da Lapinha, também conhecida por Clamor, que no próximo domingo, 17 de junho, assinala 400 anos, vai contar com o apoio da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012.

O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, preside às celebrações que terão o epicentro no Largo do Toural, um dos espaços mais nobres da cidade, onde atuará a Fundação Orquestra Estúdio, criada no âmbito da programação de Música de Guimarães 2012.

Este ano a Senhora da Oliveira e a Senhora da Lapinha vão sair juntas, pela primeira vez, da igreja da Oliveira, pelas 15h30, evento que contará com a realização de um trabalho audiovisual do Cybercentro de Guimarães.

A saída decorrerá em procissão até ao Largo do Toural, onde pelas 16h30 está prevista a Consagração das Famílias Portuguesas à Nossa Senhora, com a presença dos Duques de Bragança.

A Irmandade da Lapinha convidou as suas congéneres de Nossa Senhora da Penha, Nossa Senhora da Madre-de-Deus e Nossa Senhora da Oliveira, todas de Guimarães, e de Nossa Senhora do Alívio (Vila Verde), Nossa Senhora da Abadia (Amares) e Nossa Senhora das Dores (Póvoa de Varzim), que vão deslocar as respetivas imagens à Capital Europeia da Cultura.

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Os milhares de fiéis esperados continuam depois a Ronda da Lapinha para completarem 21 quilómetros a pé, numa caminhada entre o centro da cidade e a freguesia de Calvos.

 

Ronda da Lapinha: origem

Antigamente faziam-se rondas ou clamores em muitas terras. Um Clamor consistia em fazer-se uma procissão à volta de uma freguesia, mas dentro do seu território, cantando as ladainhas ou rezando. Pretendia-se sempre que o Santo ou a Senhora protegesse as colheitas ou os animais, e que as intempéries não estragassem os frutos nem outros bens cultivados. De igual modo se pedia proteção para a saúde, para afastar a fome, a peste e a guerra, ou implorar outros favores celestes. Todos iam à Procissão/clamor pedir auxílio espiritual para uma situação embaraçosa que os molestava. Estas rondas tinham, por via de regra, uma data ou área temporal repetindo-se todos os anos. Muitas vezes eram realizadas em cumprimento de uma promessa. Também se exigia, por tradição, que de cada casa participasse uma pessoa.

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Esta razão, associada à necessidade que todos têm de pedir algum tipo de proteção para si próprios, ou para os seus queridos, explica em parte, o grande afluxo de gente que anualmente engrandece a procissão da Ronda da Lapinha, a mais antiga de que há memória, com um percurso de 21 quilómetros, percorrido numa tarde de muito calor (o domingo mais próximo do solstício do verão) em duas etapas de 3 horas cada, por milhares de devotos caminhando a pé e com o andor da Senhora aos ombros.

Existiam inúmeras rondas ou clamores por todo o país, nomeadamente no concelho de Guimarães, mas a única que sobreviveu ao desgaste dos tempos foi a Ronda da Lapinha.

 

Rui Jorge Martins
Ronda da Lapinha (história): Santuário da Lapinha
© SNPC | 15.06.12

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