Évora
Fundação Eugénio de Almeida atribuiu bolsa para investigação sobre a Cartuxa Scala Coeli
A Fundação Eugénio de Almeida atribuiu a Bolsa de Investigação sobre a Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli, a única em Portugal, ao trabalho “Da Cartuxa de Évora: O Silêncio e a Estabilidade (Séc. XVI - XIX)”.
O autor do estudo selecionado em 2012 é João Luís Inglês Fontes, licenciado em História e com Mestrado em História Medieval pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa, revela o site da fundação.
«O trabalho vencedor tem como propósito desenvolver uma investigação em torno dos fatores que contribuíram para a implantação da Ordem dos Cartuxos em Portugal, explicando a sua fundação e o papel das elites sociais na sua manutenção; a conceção da vida eremítica dos Cartuxos na vivência concreta do quotidiano monástico e as principais marcas da sua espiritualidade e das suas práticas devocionais».
A bolsa de cinco mil euros «foi criada para incentivar e distinguir a investigação e o estudo multidisciplinar do que tem sido a Cartuxa de Évora ao longo de 400 anos», promovendo «um conhecimento mais amplo e aprofundado» da ordem e do mosteiro eborense «enquanto património espiritual, artístico, histórico e cultural único em Portugal».
O presidente do Conselho de Administração da Fundação Eugénio de Almeida, cónego Eduardo Pereira da Silva, sublinhou que a bolsa «reforça a missão» da instituição «na área espiritual e honra a herança de Vasco Maria Eugénio e Almeida», o fundador, «na defesa das condições necessárias para que a Ordem da Cartuxa se mantenha em Évora e possa persistir inalterável e fiel ao seu ideal de contemplação e oração».
Em declarações publicadas no jornal “A Defesa”, da arquidiocese de Évora, o sacerdote recordou que Vasco Maria Eugénio de Almeida deixou «uma herança de valores e referências cristãs que constituem a essência da Fundação».
«São estes valores de humanismo que continuam na base de atuação da fundação. A manutenção do Convento da Cartuxa é uma parte integrante da missão desta instituição, pelo que tudo faremos para continuar a perpetuar este legado de fé, cujos valores e ideais continuam bem presentes e a ser relevantes na realidade do nosso tempo», frisou.
João Luís Fontes é membro do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa.
Rui Jorge Martins
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03.09.12