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Bernardo Sassetti: o cinema e o silêncio

 

A 1 de outubro de 2005 Bernardo Sassetti homenageou de forma particular o universo da imagem com “Ascent”, disco dedicado ao realizador José Álvaro Morais, com quem aprendera a importância do silêncio na arte e da contenção no ato de escrever música para cinema.

Presença indelével na sua vida, o cinema, como a fotografia, tiveram para Sassetti o papel que têm os primeiros sonhos de futuro. Muito jovem imaginou-se realizador, sonho que nunca perdeu, graças à sua imensa capacidade de entrega a tudo o que fazia e a um coração que quanto mais cheio de projetos mais generoso se fazia na abertura à revelação da Beleza.

Para o compositor, que tinha em Nino Rota uma das suas maiores referências, a relação das suas criações musicais com o cinema que enriqueceu, baseava-se num princípio de humildade e de enorme respeito pelo realizador, na capacidade de escutar e perscrutar quem cuidava do filme em projeto de princípio a fim. Uma relação também de comunhão, onde a música se deve entretecer com a imagem, o som e a palavra, principalmente na montagem, distante do efeito decorativo que via penosamente adotarem muitas produções cinematográficas.

 

Foto

 

É esta sensibilidade e exatidão, imenso génio e profundo respeito que respiram obras cinematográficas como “Quaresma” (José Álvaro Morais), “O Milagre segundo Salomé” (Mário Barroso), “A Costa dos Murmúrios” (Margarida Cardoso), “Como Desenhar um Círculo Perfeito” ou “Alice” (Marco Martins).

Obras onde a dedicação e a criatividade de Sassetti não se esgotam, mas a que se juntam peças inspiradas ou criadas para filmes antigos como “Maria do Mar”, de Leitão de Barros, ou “Dom Roberto” de Ernesto de Sousa.

Mais recentemente, colaborou com a realizadora Cláudia Varejão (premiada pela Igreja Católica com o Prémio Árvore da Vida no IndieLisboa 2012 por “Luz da Manhã”) que filma interpretações da banda sonora de “Alice” e a gravação do último disco com Carlos do Carmo.

É no entanto em 2010 que começa a concretizar-se o maior sonho de Sassetti no cinema e surge, a espaços, a sua mestria atrás das câmaras:

 

 

“Homecoming Queen” é uma pequena grande amostra a que se seguirá uma outra obra que o compositor do profícuo silêncio anuncia entusiasticamente em 2011 e que, esperamos, tenha concluído.

 

Margarida Ataíde
Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
In Agência Ecclesia
15.05.12

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