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Átrio dos Gentios debate Jorge Luis Borges, religiosidade e agnosticismo

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Átrio dos Gentios debate Jorge Luis Borges, religiosidade e agnosticismo

O Átrio dos Gentios, plataforma da Igreja católica para o diálogo com não crentes, organiza a 2 e 5 de novembro, na Argentina, um encontro que debaterá a relação entre o escritor Jorge Luis Borges, a religiosidade e o agnosticismo.

A cidade de Cordoba acolhe no dia 2 uma conferência sobre "Economia e liderança: A liderança segundo a perspetiva da responsabilidade social", seguindo-se um painel com partilha de experiências sobre o mesmo tema.

No dia 5, o programa centra-se na Sala Astor Piazzola do Teatro Argentino, em La Plata, onde o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho da Cultura, organismo coordenador do Átrio dos Gentios, recebe o doutoramento "Honoris Causa".

A distinção, atribuída pela Universidade Católica de La Plata, é atribuída a personalidades com «especiais méritos científicos ou culturais adquiridos na promoção da educação superior e das ciências».

Nascido em 1942, Ravasi publicou quase 150 volumes, «relacionando, sobretudo, argumentos bíblicos e científicos, obras particularmente apreciadas pelos leitores em virtude da capacidade de interpretação dos textos sagrados, pela clareza e a finura literária e poética», lê-se na página da Universidade Católica.

O encontro prossegue com a entrega de prémios de um concurso de poesia "haiku" para jovens, que antecede a realização de três mesas-redondas em simultâneo: "Borges, ciência e fé", "Borges, Almafuerte e La Plata" e "Responsabilidade social e cidadã".

A iniciativa continua com a apresentação de uma exposição de pinturas de 10 autores, organizada pelo Museu de Arte Contemporânea Beato Angélico, da Universidade Católica de La Plata.

Após um momento musical, é proposta a mesa redonda "Borges, transcendência e agnosticismo", com Gianfranco Ravasi, Maria Kodama, viúva e herdeira dos direitos autorais do escritor, Pedro Barcia, da Academia Argentina de Educação, e María Eugenia Estenssoro, jornalista e ex-senadora.

Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 24 de agosto de 1899, e faleceu em Genebra, a 14 de junho de 1986. Antes de falar espanhol, aprendeu com a avó paterna a língua inglesa, idioma em que fez suas primeiras leituras.

Mudou-se para a Suíça (1914) e Espanha (1919), regressando à Argentina, onde publicou livros de poesia na década de 1920, e, a partir dos anos 30, contos que lhe dariam projeção para além do seu país.

Em 1956, quando passou a lecionar literatura inglesa e americana na Universidade de Buenos Aires, os oftalmologistas já o tinham proibido de ler e escrever, devido à cegueira que progressivamente se instalava.

Poeta, ficcionista e cronista, tem entre as suas obras mais conhecidas "O livro dos seres imaginários", "Ficções", "O Aleph" e "História universal da infâmia".

Em 2013, Maria Kodama ofereceu ao papa Francisco toda a obra do escritor argentino, que está entre os favoritos de Jorge Mario Bergoglio.

Em 2014, a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e a Embaixada da Argentina em Portugal uniram-se para estudar as prováveis raízes transmontanas de Jorge Luís Borges, anunciou a Renascença.

Aquele que se suspeita ser o bisavô do escritor argentino chamava-se Francisco Borges e saiu de Torre de Moncorvo, rumo à América do Sul, em 1850, integrado numa expedição militar portuguesa que atracou na região do Rio de la Plata.

«Temos a certeza de que Jorge Luís Borges é bisneto de Francisco Borges. Não estamos é certos das circunstâncias do nascimento de Francisco Borges», explicou então o diplomata. 

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 09.11.2015 | Atualizado em 29.04.2023

 

 

 
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Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 24 de agosto de 1899, e faleceu em Genebra, a 14 de junho de 1986. Antes de falar espanhol, aprendeu com a avó paterna a língua inglesa, idioma em que fez suas primeiras leituras
Aquele que se suspeita ser o bisavô do escritor argentino chamava-se Francisco Borges e saiu de Torre de Moncorvo, rumo à América do Sul, em 1850, integrado numa expedição militar portuguesa que atracou na região do Rio de la Plata
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