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Associação Bíblica Portuguesa prepara nova tradução da Bíblia

A Associação Bíblica Portuguesa (ABP), recentemente criada, vai preparar uma nova tradução da Bíblia em português, na sequência de uma proposta da Conferência Episcopal Portuguesa.

O estudo da Bíblia e a sua valorização cultural, a organização de colóquios e a atenção ao ecumenismo são algumas das prioridades da Associação, que apresenta as suas prioridades e objetivos em texto enviado ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

 

Associação Bíblica Portuguesa

Tal como acontece em vários outros países, por todo o mundo, está constituída uma «Associação Bíblica Portuguesa» (ABP), desde que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou os seus Estatutos. Entretanto, começou formalmente a organizar-se internamente e deu início à planificação das atividades que a definem.

Esta associação é um espaço que favorece o ministério da Palavra por parte dos biblistas portugueses e de todos os que se dedicam ao estudo e à divulgação pastoral da Bíblia, permitindo-lhes colaborar em íntima comunhão de esforços na investigação e explicação da Sagrada Escritura, para que seja mais atuante na vida da Igreja e na circulação cultural do país.

Além de promover o diálogo ecuménico com base no estudo comum da Bíblia, esta associação visa colaborar, no campo internacional, com organizações congéneres. Pretende não só ser um fórum de partilha de experiências científicas e pastorais, mas também organizar seminários temáticos e simpósios, que num futuro próximo produzam textos que ajudem a comunidade nacional a redescobrir a Palavra de Deus escrita e a sua estreita ligação com os vários domínios da cultura, em Portugal e noutros espaços de língua portuguesa.

A ABP tem a sua sede na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa e é dirigida por biblistas disseminados por várias localidades e diferentes instituições.

Os seus objetivos estatutários pretendem fomentar a investigação científica, o estudo e a divulgação da Bíblia; promover e coordenar iniciativas bíblicas de caráter nacional, regional ou local; patrocinar e apoiar publicações bíblicas e outras iniciativas de caráter científico e de pastoral bíblica; promover o diálogo ecuménico com base no estudo comum da Bíblia; colaborar na preparação e na divulgação de iniciativas bíblicas entre os seus membros; integrar ações conjuntas com outras associações portuguesas de caráter similar e colaborar no campo internacional com organizações congéneres.

A associação acolhe como membros tanto os que se dedicam ao estudo e ensino da Bíblia como os que, por qualquer outra forma, têm contribuído para que seja mais bem conhecida e os que se dedicam à divulgação de assuntos bíblicos, identificando-se assim com os objetivos da ABP.

É numerosa a lista daqueles que estudaram e de algum modo se continuam a dedicar a atividades relacionadas com a Bíblia. É da convergência de ideias e de experiências de todos eles que a associação bíblica espera ir desenhando para o futuro planos, caminhos e projetos concretos para a sua ação. Desta comunidade de estudiosos e trabalhadores da Bíblia fazem parte vários bispos, formados no Instituto Bíblico de Roma ou noutras instituições especializadas no estudo da Bíblia e mundialmente reconhecidas.

A Associação Bíblica Portuguesa teve a sua primeira Assembleia Geral em fevereiro de 2012. Nela foram aprovados os estatutos e eleitos os seus órgãos associativos que ficaram constituídos da seguinte maneira:

Mesa da Assembleia Geral: Presidente: José Augusto Ramos (Universidade de Lisboa); 1º Secretário: João Alberto Correia (UCP-Braga); 2º Secretário: José Morais Palos (ISET-Évora).

Direção: Presidente: Armindo Vaz (UCP-Lisboa); Vice-Presidente: Geraldo Morujão (Viseu); Secretários: Fenando Ventura (Ofmcap); José Carlos Carvalho (UCP-Porto) e Mário Sousa (Algarve).

Conselho Fiscal: Presidente: Herculano Alves (Ofmcap); 1º Vogal: Luisa Almendra (UCP-Lisboa); 2º Vogal: Ricardo Freire (UCP-Porto). 

Naquela mesma assembleia foi decidido dar acolhimento desde já a um primeiro projeto coletivo: foi o de – sob proposta da CEP, à semelhança do que tem acontecido no âmbito de outras Conferências Episcopais - se trabalhar para uma nova tradução da Bíblia em português. A intenção deste empreendimento é bastante significativa do ponto de vista pastoral e cultural e consiste em promover uma mais eficaz interação entre os vários contextos de utilização da Bíblia, na liturgia, na catequese e nos textos oficiais da Igreja. Temos assim a ideia de uma tradução preocupada com uma variedade de condições sociológicas a interferir sobre as opções a fazer em matéria de definição textual. Trata-se de um horizonte sócio-linguístico semântica e funcionalmente relevante. A proposta foi apresentada por D. Anacleto Oliveira, representante da CEP para esse efeito. Tal tradução responde a uma urgência manifestada numa Instrução da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (de 28.3.2001) e deverá ser feita por biblistas escolhidos entre os membros da ABP, com a colaboração de liturgistas, linguistas e músicos.

Uma comissão de trabalho específica para o efeito foi já constituída, integrada pelos bispos biblistas D. Anacleto Oliveira (Viana do Castelo) e D. António Couto (Lamego) e pelos membros da ABP Joaquim Carreira das Neves, José Augusto Ramos, Mário Sousa e José Tolentino Mendonça. Esta comissão vai iniciar de imediato os seus trabalhos, no sentido de definir objetivos, modelos e estratégias, bem como apurar os métodos mais adequados para levar a bom termo uma tarefa que tem características muito especiais.

Do ponto de vista cultural, espera-se que as atividades da ABP produzam resultados significativos, promovendo e apoiando a valorização dos seus membros no estudo da Bíblia, missão específica que se lhes reconhece e deles se exige, proporcionando ações pedagógicas de formação bem como estudos e outros materiais para benefício da comunidade, desenvolvendo o espírito de bom entendimento ecuménico entre todos aqueles que partilham o encontro com a Bíblia como base de estudo, meditação, espiritualidade ou cultura.

A ABP muito apreciaria igualmente que as suas atividades associativas pudessem tornar-se relevantes também para marcar presença e reavivar os conteúdos bíblicos nos espaços de vivência cultural da sociedade portuguesa, tanto nos contextos abertos e universais de grande partilha cultural como nos circuitos académicos do saber. Constitui um bom augúrio disso o facto de alguns dos membros contarem já com uma longa presença, frequentemente positiva e marcante, nas tarefas e matérias universitárias de incidência direta em assuntos bíblicos, nos seus contextos e coordenadas científicas de estudo. Seria desejável que os estudos bíblicos, nas suas várias modalidades científicas e culturais, pudessem voltar a percorrer, em saudável convívio epistemológico, os circuitos universais do saber e da cultura, perspetiva que a consciência hermenêutica de hoje nos parece estar de novo em condições de promover e exigir.

Espera-se evidentemente que todos aqueles cujas atividades os colocam em rota de convergência com estas intenções e perspetivas se possam associar a este movimento de mútua solidariedade em nome das causas bíblicas e, com a sua experiência pessoal e por isso pertinente e profunda, nos tragam mais definição, mais planos, mais objetivos e mais entusiasmo.

 

Presidente da Mesa da Assembleia Geral e Direção da Associação Bíblica Portuguesa
© SNPC | 14.06.12

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