Jornada Nacional da Pastoral da Cultura

Aprender linguagens dos jovens é essencial para a transmissão da fé, considera bispo D. João Lavrador

«A Igreja está obrigada a aprender a linguagem da juventude para poder estar com ela e sintonizar com os seus anseios», considera o bispo D. João Lavrador, membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Em declarações ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, o bispo auxiliar do Porto vincou a necessidade de a Igreja saber transmitir aos jovens, «em linguagem compreensível», os «valores perenes de que é portadora».

«É uma tarefa que requer acompanhamento permanente, especialmente agora, que estamos num período importantíssimo de grandes transições e propostas», vincou.

Por outro lado, destacou, «a Igreja que reconhecer o valor, a importância e, sobretudo, as características que os jovens podem imprimir nela própria e na sociedade».

O prelado também se pronunciou sobre a 9.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que se realiza em Fátima a 21 de junho para debater o tema "Culturas Juvenis Emergentes".

«Estou convencido de que este encontro vai ser um marco, num tempo em que tantas vezes se explora a juventude para diversos efeitos, como os económicos ou para o associativismo juvenil, que nem sempre é claro», sublinhou.

D. João Lavrador lembrou que «a Igreja, desde longa data, sempre viu na questão juvenil algo de fundamental»: «Basta lembrar que a Igreja foi pioneira em tudo o que diz respeito às organizações juvenis».

O responsável recordou, no caso português, o Corpo Nacional de Escutas e a Ação Católica com várias organizações estudantis e laborais ligadas à juventude, entre outros organismos que marcaram, em particular, a primeira metade do século XX.

«A partir do Concílio Vaticano II [1962-1965] e, depois, com o magistério dos últimos papas, verificamos a atenção privilegiada que a Igreja quer ter em relação aos jovens, não para os tutelar mas para os reconhecer», assinalou.

Rui Jorge Martins
© SNPC | 31.05.13