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Quaresma na Terra Santa

Dia 5: Os cristãos na Terra Santa

Já alguma vez se interrogou sobre como é que seria o cristianismo das origens? Como é que seria a primeira comunidade, como é que seria se fosse uma das pessoas que integraram a Igreja primitiva? Como é que seria fazer parte um grupo minoritário e frequentemente perseguido?

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Cristão palestiniano reza em Ramallah. © Abbas Momani

À imagem dos seus antepassados, a atual comunidade cristã em Belém luta para sobreviver. Para muitos, deixar a região foi a única alternativa para sair de uma existência mergulhada no conflito e na incerteza. A comunidade cristã está a diminuir rapidamente porque uma percentagem significativa dos seus membros tem saído para procurar trabalho e oportunidades para si e para as suas famílias.

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Frades franciscanos na Basílica da Natividade. © Attar Maher/Corbis Sygma

Desde o primeiro dia que esta caminhada tem procurado suscitar motivos para a meditação orante, convidando igualmente os leitores a um envolvimento prático. A contribuição de cada pessoa, por muito pequena que seja, será sempre uma ajuda preciosa para deter a pobreza e a injustiça, chamar outros a esta causa, bem como amparar as comunidades e aqueles que no terreno as ajudam.

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Mulheres palestinianas cristãs na Basílica da Natividade. © Attar Maher/Corbis Sygma

Conheça o trabalho de algumas das organizações que trabalham em Belém e na Terra Santa e ofereça a sua oração, o seu trabalho, o seu donativo.

Comissariado da Terra Santa
Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
Unicef
Custodiae Terrae Sanctae (em inglês)
The Holy Land Christian Ecumenical Foundation (em inglês)
Holy Land Christians Society (em inglês)
Catholics for Israel (em inglês)
Catholic Relief Services (em inglês)

 

 

Dia 4: Belém e a barreira

Reparou no vídeo do segundo dia? Belém é muito diferente daquilo que os postais de Natal tendem a reproduzir.

Belém é muito diferente da maior parte das cidades porque está cercada em três direções por uma barreira que, em determinados trechos, chega aos oito metros de altura.

Israel controla todas as pessoas que entram e saem e tudo o que elas levam consigo. O governo argumenta que esta barreira foi erguida para prevenir ataques suicidas.

Com mais de 700 quilómetros de extensão, a muralha divide as famílias dos seus parentes, trabalhadores do seu local de trabalho, os doentes dos hospitais, agricultores dos seus terrenos, israelitas de palestinianos. Em 2004 o Tribunal Internacional de Justiça, de Haia, declarou que o itinerário desta muralha é ilegal.

 

 

Dia 3: Belém, Igreja da Natividade

No primeiro dia desta peregrinação contemplámos o início do ministério de Jesus e o começo da Quaresma. Hoje visitaremos a Igreja da Natividade, construída no local onde se crê que Jesus nasceu.

É um espaço maravilhoso, mas no meio dos turistas e dos peregrinos pode ser difícil encontrar um lugar para meditar no facto de aqui, há dois mil anos, ter nascido um bebé que iria mudar o mundo.

Tal como os três viajantes que então vieram do Oriente para encontrar Jesus, muitos têm sido aqueles que ao longo dos séculos têm peregrinado ao encontro de Jesus.

 

 

Dia 2: Entrada em Belém

Mapa

Começámos esta peregrinação meditando no retiro de Jesus e no início do seu ministério. Hoje chegamos a Belém, para ver o lugar onde Jesus nasceu.

A cidade de Belém está situada num dos pontos mais altos da região, rodeada pelas áreas férteis de Beit Sahour e Beit Jala, assim como pelo deserto da Judeia.

Actualmente Belém conta com cerca de trinta mil habitantes; nos arredores encontram-se três campos de refugiados: Al Deheishe, Aida e Azza.

A estrada para a cidade é semelhante àquela por onde passaram Maria e José, há dois mil anos. Com a diferença de que hoje, para entrar em Belém, é preciso passar por barreiras feitas de arame farpado e betão.

Veja como se entra actualmente em Belém (locução em inglês):

 

 

 

Dia 1: Monte das Tentações

A nossa peregrinação começará pelo Monte das Tentações, a oeste de Jericó, onde Jesus foi tentado. É um local que se eleva sobre o vale do Jordão, onde não é difícil imaginar que se tem o mundo inteiro diante de si.

Não é difícil imaginar a tentação que Jesus encarou quando foi confrontado com a escolha entre o poder sobre as nações e a obediência aos planos de Deus.

Durante a Quaresma e durante a nossa peregrinação enfrentaremos tentações. Uma das maiores será a de fazer esta peregrinação centrada em nós próprios, e não na diferença que poderemos fazer no mundo.

Monte das Tentações

Será tentador passar o tempo a olhar para as igrejas que assinalam a passagem de Jesus e esquecer o encontro quotidiano com as igrejas de hoje. Será tentador pensar a situação actual não é algo que nos diga respeito ou que não podemos fazer nada para a alterar. Acima de tudo, será tentador procurar razões que nos convençam que a vida e o ensinamento de Jesus, há dois mil anos, não tem nada a ver com a atualidade.

 

 

Mapa da peregrinação


Ver mapa maior 

 

 

O projeto

A Christian Aid, agência internacional para o desenvolvimento com sede em Inglaterra, propõe para a Quaresma de 2009 uma peregrinação virtual a Israel e à Palestina.

As igrejas Anglicana, Metodista, Reformada, entre outras, pretendem transportar os peregrinos desde os seus computadores com acesso à Internet até aos locais conhecidos não só pelas suas referências bíblicas mas também devido aos confrontos e às vítimas que quase diariamente massacram aqueles territórios.

O bispo anglicano de Bath and Wells, Peter Price, declarou: “Se não se pode ir à Terra Santa numa jornada real, a melhor alternativa é esta viagem virtual. É importante que tenhamos uma ideia do que é hoje a Terra Santa para compreender melhor o que Jesus nos disse na Boa Nova. O seu desafio de criar um mundo de compaixão, justiça e verdade continua a ser uma responsabilidade de todos os povos cristãos e de todas as pessoas de boa vontade.”

Esta peregrinação online oferece a oportunidade de ver pequenos vídeos e fotografias, ler histórias e rezar nos lugares onde Jesus pregou. Os peregrinos poderão ainda conhecer cristãos, judeus e muçulmanos que vivem na região, ouvir as suas histórias, saber como é que o conflito afecta a vida das populações e descobrir os esforços que muitos estão a desenvolver pela paz.

Simon Barrow, co-diretor do think-tank e agência de notícias Ekklesia, refere que a Christian Aid apresentou uma maneira inovadora de ligar as pessoas, na Grã-Bretanha, ao movimento em favor da esperança e da mudança nas relações entre Israel e a Palestina, não só através de doações e apoio jurídico, que são fundamentais, mas também por “abrir os nossos olhos e corações ao que está a acontecer e ao que isso significa em termos humanos e espirituais”. E acrescentou que esta iniciativa não só capta o verdadeiro espírito da Quaresma, que não se resume à superação dos impulsos egoístas que acabam por dividir as comunidades humanas, como também nos une positivamente ao sonho e à luta pelo advento de um mundo novo, que nasce no meio da tensão e do medo.

A Christian Aid tem uma longa história de trabalho na região, procurando, em colaboração com organizações palestinas e israelitas, proteger os direitos humanos, assegurar o acesso a serviços e recursos fundamentais e contribuir para a paz através do respeito pela justiça e pela segurança.

in Christian Aid

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