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Cinema

Indomável: um "remake" que supera o original

É mais um dos grandes candidatos a Óscares e um “remake” do clássico “A Velha Raposa” de Henry Hathaway, 1969.

Dá agora pelo nome de “Indomável”, mantendo o “True Grit” (Verdadeira Coragem) original e substituindo John Wayne por Jeff Bridges. Em comum, ainda, a candidatura de ambos os atores principais ao prémio da Academia – o único que Wayne arrecadou, num papel a que voltaria anos mais tarde. Veremos se há replicação também nesta categoria e, assim sendo, se Bridges ultrapassa o favoritismo de concorrentes como Colin Firth, o já oscarizado Javier Bardem, Jesse Eisenberg ou James Franco.

Enquanto a mais emitida noite cinematográfica do ano não chega (27 de fevereiro), concentremo-nos em mais um bom trabalho dos irmãos Ethan e Joel Cohen, que nos devolvem o bom e velho “western” americano, onde a lei comum dos homens não reina e a de Deus... apesar das várias citações bíblicas, só peculiarmente se encontra.

Fotograma

Mattie Ross chega a uma cidadezinha do velho Oeste pronta para, do alto dos seus 14 tenros anos, dizer ao que vem: vingar a traição e morte do seu pai, Frank Ross, um comerciante conhecido pelo cavalheirismo.

Para tal, propõe-se contratar o melhor “Marshall” das redondezas, a quem pagará boa soma para capturar Chaney, assassino do seu pai. Ainda que o xerife local lhe dê conselho alternativo e que o firme propósito de Mattie seja levar o traidor e homicida a julgamento e execução, a sua escolha recai sobre Rooster, o mais impiedoso e destemido “marshall” local, também conhecido pelo seu apetite por álcool e pelo fraco hábito de trazer vivas as suas “presas”.

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Assim começa a caça a Chaney que, não bastando contar já com dois indomáveis teimosos, Mattie e Rooster, terá ainda no encalço um Ranger do Texas, igualmente determinado a fazer prevalecer um código de honra selado, no limite, por uma bala.

Diretamente do Oeste selvagem, a que uma ou outra sequência mais violenta faz jus, “Indomável” afasta-se das típicas acidez e ironia Coen e abre lugar à recriação clássica, num filme empolgante e equilibrado que deixa as nomeações falar por si: Melhores Filme, Realizador, Ator Principal e Atriz Secundária, Argumento adaptado, Fotografia, Direção Artística, Guarda-roupa, Mistura de Som e Montagem Sonora.

Fotograma

Ultrapassando claramente o original, o que é raro.

 

Margarida Ataíde
© SNPC | 07.02.11

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