Vemos, ouvimos e lemos
Paisagens
Pedras angulares A teologia visual da belezaQuem somosPastoral da Cultura em movimentoImpressão digitalVemos, ouvimos e lemosLigaçõesBrevesAgenda Arquivo

Leitura

Igreja Católica e República: Centro de Estudos de História Religiosa e Agência Ecclesia lançaram publicação

A Agência Ecclesia publicou recentemente uma edição sobre o Centenário da República, com textos sobre a Igreja Católica e a sociedade portuguesa no período da Primeira República.

Os textos e dezenas de fotografias estão organizados em áreas temáticas: “Sociedade e Religião”; “Relação Igrejas, Estado e Sociedade: do regalismo à separação”; e “Universos Espirituais e experiências religiosas durante a Primeira República”.

A publicação foi produzida por uma equipa de investigadores membros e colaboradores do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa, sob coordenação de António Matos Ferreira e Rita Mendonça Leite.

Além destes dois docentes, as 88 páginas incluem estudos de Guilherme Sampaio, Hugo Dores, João Miguel Almeida, Marco Silva, Sérgio Ribeiro Pinto e Tiago Apolinário Baltazar.

FotoAssinatura da Lei de Separação do Estado das Igrejas pelos membros do Governo Provisório

“Trata-se de uma apresentação, essencialmente historiográfica, de aspetos centrais do impacte da mudança de regime político nos universos religiosos em Portugal, num período e nua conjuntura cruciais da sociedade, desde os finais do século XIX e durante o primeiro quartel do século XX”, refere António Matos Ferreira na apresentação.

“A memória existente sobre essa época – prossegue o diretor adjunto do Centro de Estudos de História Religiosa – é, muitas vezes e de forma repetida, percebida de modo dicotómico e simplista, gerando a partir de factos reais uma visão persecutória da Igreja Católica e da religião ou uma perceção sobre os atavismos nacionais como produto dessa presença das instituições e vivências do religioso.”

FotoCardeal Mendes Belo no exílio (1913)

“Os combate sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade portuguesa dessa época não podem ser compreendidos como se em 1910, a 4 ou 5 de outubro, tivesse desaparecido uma realidade humana e social dando lugar a uma outra totalmente distinta, muito menos ainda quando esse processo é reduzido à produção legislativa ou ao protagonismo individual de determinadas personalidades”, assinala o investigador.

Neste sentido, a alteração do estatuto da Igreja Católica nas suas relações com o Estado, na sua forma republicana, laica e de separação ultrapassa as implicações da chamada ‘questão religiosa’, pois se a implantação do novo regime “acelerou e, em larga medida, radicalizou essa mesma ‘questão’, nem a inaugurou, nem conseguiu dirimir completamente as questões centrais respeitantes à modernização da sociedade e do próprio Estado”.

FotoFátima, 13 de outubro de 1917

A obra pode ser consultada integralmente pela Internet. A venda e distribuição é feita pela Agência Ecclesia.

 

© SNPC | 04.10.10

Capa

 

Ligações e contactos
Versão online
Pedidos de envio da revista (indicar nome e endereço postal): Ana Gomes (anita@ecclesia.pt)

 

Artigos relacionados

 

 

Página anteriorTopo da página

 


 

Subscreva

 


 

Secções do site


 

Procurar e encontrar


 

 

Página anteriorTopo da página