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Maria - Homilias, orações e discursos de Bento XVI

A K Editora vai lançar esta Terça-feira, 27 de Abril, o livro “Maria – Homilias, Orações, Discursos”, de Bento XVI.

A sessão, que se realizará em Fátima (Casa de Nossa Senhora do Carmo), vai contar com a presença do reitor do Santuário, P. Virgílio Antunes, e da jornalista Aura Miguel, que apresentará a obra.

No encontro vai também participar um representante da Cáritas Portuguesa, já que 2% do valor da edição reverterá para esta instituição de apoio social da Igreja Católica.

O volume inclui representações da Virgem, assim como fotografias de Bento XVI por ocasião de visitas a conhecidos locais de peregrinação marianos.

O livro apresenta igualmente imagens da primeira visita de Bento XVI ao Santuário de Fátima enquanto Cardeal e a homilia que proferiu a 13 de Outubro de 1996.

Apresentamos seguidamente o prefácio da obra, assinado pelo reitor do Santuário de Fátima.

 

Prefácio

A história de Nossa Senhora começou de forma simples e discreta numa pequena aldeia da Galileia, há pouco mais de dois mil anos. Apesar das insistentes profecias acerca da vinda de um Messias libertador e salvador que alimentaram a esperança do Povo de Deus durante muitos séculos, nada fazia prever que fosse tão longe o mistério de uma virgem que viria a ser mãe. Somente a bondade de Deus, que sente o coração transbordar de amor e misericórdia pelo seu povo, permite aquilo que mais ninguém poderia realizar: a encarnação de Jesus no seio virginal de Maria. Somente um coração puro e generoso poderia aceitar confiante tão grande desafio: serás a mãe do Filho de Deus.

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A partir desse grande dia, muda a história de uma mulher anónima para que possa mudar o futuro de uma humanidade inteira. O Senhor já a tinha cumulado de graças e privilégios; ela era já a cheia de graça, escondida e ignorada, mas torna-se a serva do Senhor, que os Céus e a Terra virão a conhecer, a exaltar e a amar acima de todas as criaturas, não por si, mas por causa d’Aquele que sempre exalta os humildes.

A mais bela história começa em Nazaré da Galileia, onde Maria dá o seu sim confiante no momento da anunciação; tem o seu momento alto em Belém da Judeia, onde Maria dá à luz o Verbo de Deus feito Homem; continua em Caná onde Maria intercede pelas necessidades de todos os homens; passa pelo Cenáculo de Jerusalém, onde Maria, discípula da Igreja nascente, recebe o dom do Espírito Santo; culmina no calvário, junto à cruz, onde Maria recebe os discípulos por filhos e se torna a Mãe universal.

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Desde o momento em que o discípulo João a recebe em sua casa, que é a casa da Igreja, nunca mais os discípulos deixaram de a receber e a Igreja passou a ser definitivamente a sua casa. Com Maria, a Igreja reza, canta, espera, ama e adora o Deus Criador, o Filho Redentor e o Espírito Santificador. Com Maria, discípula, os cristãos sentem-se amparados e encorajados para seguir o único Senhor. Ao longo destes dois mil anos, numa tradição ininterrupta, o Povo de Deus não cessou de reconhecer em Maria, a Mãe de Jesus Cristo e a sua própria Mãe. Ela não acompanhou somente os passos de Jesus, mas esteve presente em todos os momentos da vida dos cristãos. Quantos não devem a sua fé, a sua esperança e a sua caridade à intercessão materna de Maria, implorada entre cantos de alegria ou entre lágrimas de sofrimento e dor!

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O século XX já foi chamado o século do martírio por uns, o século do secularismo e do ateísmo por outros, mas pode também justamente ser chamado o século de Nossa Senhora. A partir das aparições de Fátima, em 1917, irrompe um novo acontecimento, sinal da graça e da misericórdia de Deus que, por meio de Maria, guarda e protege o mundo. Foram grandes as tragédias do martírio de judeus, cristãos e muitos outros povos crentes, foram grandes as ameaças de guerra, destruição e morte que penderam sobre a Igreja e sobre o mundo, mas Maria não permitiu que fôssemos aniquilados.

João Paulo II, o bispo vestido de branco, levou o mundo a compreender a atitude de Nossa Senhora, sempre atenta e a velar pelos seus filhos. Ele mesmo foi atingido enquanto cabeça do corpo visível da Igreja. Afirmou ter sido salvo pela mão amorosa de Maria, como sinal eloquente do seu desejo de ver salva toda a humanidade. As peregrinações do Papa a Fátima mostraram a sua confiança na acção de Maria e atraíram muitos para Cristo; o seu apelo dirigido aos cristãos juntou-se à palavra de Maria em Caná: fazei tudo o que Ele vos disser.

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Acreditamos que esta forte devoção mariana atraiu muitos para Cristo e deu paz a uma multidão de corações atribulados pelo peso da vida.

A peregrinação do Papa Bento XVI ao Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, nos dias 12 e 13 de Maio de 2010, no início do terceiro milénio, abre ao mundo um novo sinal de esperança em Deus sob o signo de Maria. Renovamos a esperança de que após o século do martírio e da negação de Deus se abra agora o século da alegria do reencontro com Ele. A mensagem de Fátima é um contínuo convite a crer, adorar e amar a Deus, Santíssima Trindade, conduzidos pela mão de Maria e aprendendo na sua escola. O magistério do Papa Bento XVI constitui um fortíssimo sinal dessa centralidade de Deus que será a marca do século XXI. Maria estará presente, junto à cruz, no seio da Igreja, Discípula de Cristo e Mãe da humanidade – o seu coração será o caminho que conduzirá o nosso século para Deus.

 

Texto e fotografia: Maria - Homilias, Orações, Discursos (Bento XVI), ed. K Editora
23.04.10

Capa

Maria - Homilias, Orações, Discursos

Autor
Bento XVI

Editora
K Editora

Ano
2010

Páginas
164

Preço
17,90 €

ISBN
978-989-8337-11-5

 

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