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Umbrais : 2.3.2020

  relâmpago 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus anjos, sentar-se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; era peregrino e me recolhestes; não tinha roupa e me vestistes; estive doente e viestes visitar-me; estava na prisão e fostes ver-me”. Então os justos lhe dirão: “Senhor, quando é que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando é que te vimos peregrino e te recolhemos, ou sem roupa e te vestimos? Quando é que te vimos doente ou na prisão e te fomos ver?”. E o Rei lhes responderá: “Em verdade vos digo: quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes”. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: “Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me recolhestes; estava sem roupa e não me vestistes; estive doente e na prisão e não me fostes visitor”. Então também eles lhe hão de perguntar: “Senhor, quando é que te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não te prestámos assistência?” E Ele lhes responderá: “Em verdade vos digo: quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a mim o deixastes de fazer”. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».

Mateus 25, 31-46

Outras leituras do dia: Levítico 19, 1-2. 11-18; Salmo 18 B (19), 8. 9. 10. 15



  gravetos 

Nós seremos julgados por Deus segundo a caridade, segundo o modo como o tivermos amado nos nossos irmãos, especialmente os mais frágeis e necessitados. Sem dúvida, devemos ter sempre bem presente que somos justificados e salvos pela graça, por um gesto de amor gratuito de Deus, que sempre nos precede; sozinhos, nada podemos fazer. A fé é antes de tudo um dom que recebemos. Mas para que dê fruto, a graça de Deus exige sempre a nossa abertura a Ele, a nossa resposta livre e concreta. Cristo vem trazer-nos a misericórdia de Deus que salva. É-nos pedido que confiemos n’Ele, correspondendo ao dom do seu amor com uma vida boa, feita de gestos animados pela fé e pelo amor.

Papa Francisco



  silêncio 





“Kyrie Cunctipotens genitor Deus”, Códice Calixtino (séc. XII)


  crisântemo 

Pobre com os pobres para os conduzir a Cristo: este era o moto de Santa Ângela da Cruz e o estilo com o qual viveu a sua existência. Nascida em Sevilha, Espanha, em 1846, como Maria de los Angeles Guerrero Gonzales, aos 12 anos começou a trabalhar, ainda que passasse muito tempo em oração. Um dia teve uma visão: Cristo crucificado e, ao lado, uma cruz vazia. Compreendeu que era a sua, e que era chamada à consagração. Tentou tornar-se Carmelita, mas a saúde não lho permitiu. Num diário começou, então, a refletir sobre uma nova congregação comprometida com os últimos, especialmente os doentes. As Irmãs da Companhia da Cruz foram assim instituídas em 1875. A fundadora, conhecida como a «mãe dos pobres», morreu em 1932.

Matteo Liut, Avvenire



  invisível 

Imagem © Anastasia Samoylova

  brisa 

Jamais o sol

Belo é o sol quando sorri
em plena glória.
Bela é a lua e o seu sorriso
na noite serena.
Mais belo porém, o riso suave
do meu amor.

Bela é a lua vogando nas ondas.
Belas as estrelas no brilho da noite.
Mas nunca as estrelas, jamais a lua,
terão a beleza, um pouco sequer,
da cor e da luz que moram nos olhos
do meu amor.

Poema celta, séc. XVII



  tenda 

Imagem Igreja do mosteiro de S. Francisco | Lima, Peru | studio4a/Bigstock.com

  barro 

Pensadora sófica e visionária, orientada por um gnosticismo cristão, espiritual de vocação e experiência místicas, Dalila Pereira da Costa, nascida a 4 de março de 1918 e falecida a 2 de março de 2012, visou sempre um «conhecimento-vivência» que se tornasse «saber de salvação», através de «vias de iniciação» - a da interpretação esotérica dos mitos e dos símbolos arquetípicos, a da filosofia quando impregnada pela poesia e sobretudo a desta poesia enquanto forma da Sabedoria. Assim, «a poesia não será imitação, nem exaltação do real sensível. Mas força de ultrapassamento, de rebentar os limites desse real e prospetar o real invisível». Então, a poesia será «força de multiplicação de mundos espirituais», em estreita afinidade com a mística e mediante as exigências da ascese: «Aqui sofrem-se as coisas: os sinais, a liberal poesia, de novo aos céus remonta». Saiba mais: Pastoral da Cultura.

José Carlos Seabra Pereira



  sentidos 

Imagem “Último julgamento” | 1150-1200

  ponte 

Jesus quer educar para a fé no meio da escuridão, para a fé nua, e sabe que esta nasce nos nossos corações, por graça do Espírito Santo, sobretudo frente às circunstâncias mais adversas. E aqui refiro-me a todas as nossas experiências, em que Deus tem parecido não só não nos atender, mas nem sequer nos escutar. É por esta estrada que se caminha para a fé, que ultrapassa os céus.

Carlo Maria Martini



 

Edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 01.03.2020 | Atualizado em 15.04.2023

 

 
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