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Cinema

Um amor de juventude

Sullivan e Camille são namorados. Apaixonados, vivem a sua relação de forma cúmplice e intensa, mas padecendo naturalmente também das diferenças de personalidade, de expectativa e desejo em relação à vida, ao afeto e ao outro.

Sullivan, que frui cada momento daquela paixão, não encontra necessidade de a projetar no futuro. Já Camille, que acredita ser aquele o homem com quem viveria para sempre, teme não ser inteiramente correspondida.

Quando Sullivan decide embarcar numa viagem há muito sonhada, Camille mergulha num sofrimento profundo. As cartas ajudam a atenuar a saudade, mas um dia Sullivan deixa de lhe escrever. Os anos passam e Camille aprende a viver sem ele. Até que um dia se reencontram...

“Um amor de Juventude” arranca sob uma promissora proposta de aprofundamento das relações afetivas na idade do arrebatamento das paixões. Capaz de explorar diversas dimensões da relação a dois entre um casal jovem, identifica e revela as suas componentes mais alegres e dolorosas, mais físicas e mais psicológicas, mais masculinas e femininas, conseguindo uma abordagem equilibrada que nos permite entrar na pele dos dois protagonistas e reconhecer-lhes a autenticidade dos seus sentimentos, sem ajuizar sobre nenhum.

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No entanto Mia Hansen Løve, que deu os seus primeiros passos no cinema como atriz em filmes de Olivier Assayas, parece perder um pouco a mão técnica e temática do filme quando se foca inteiramente na personagem de Camille.

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Embora mantendo boas opções de plano e de uso de câmara, a gestão entre a duração dos planos e o conteúdo das sequências, incluindo a ação, diálogos ou sugestões cénicas que não tenham de viver do que se diz e faz são insuficientes para aprofundar o desenvolvimento daquela personagem. Assim, Camille sobrevive inteiramente do valor da atriz, que é grande, mas não basta.

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O resultado é um filme fortuito, que trata superficialmente temas como o amor adolescente, a passagem à idade adulta, as relações e a sexualidade, que bem pediriam uma oportunidade de reflexão.

 

Margarida Ataíde
Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
© SNPC | 19.03.12

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