“O enigma do mal – A persistência do mal e a (im)pertinência das teodiceias”, tratados sobre a justiça de Deus, estão no centro da 2.ª Jornada de Filosofia da Religião, organizada pela Universidade Católica Portuguesa (Braga).
«A questão do mal constitui um dos maiores desafios que a filosofia e a teologia têm enfrentado ao longo da história do pensamento ocidental», salienta a nota de apresentação, acrescentando que ele «parece tornar ininteligível a conceção de um Deus simultaneamente bom e omnipotente».
E se a pergunta sobre o mal tem atravessado os séculos, «torna-se inevitável em pleno século XX, especialmente diante do escândalo da Shoah», onde ele se apresenta «como radical, efetivo, excessivo e inimaginável».
A iniciativa, que decorre a 4 de maio no centro bracarense da Universidade Católica (campus Camões), tem «o intuito de revisitar as respostas clássicas ao problema do mal e perspetivar novas abordagens a partir da filosofia e da teologia contemporâneas».
O programa começa às 9h30 com Bento Domingues, OP, seguindo-se, pelas 11h15, Bruno Nobre, SJ, que falará sobre “Deus acusado e defendido: o problema do mal e as teodiceias na modernidade”.
Andreas Lind, SJ, apresenta o “Esboço de uma teodiceia a partir da fenomenologia da vida” (12h00), e às 14h30 Andrés Torres Queiruga propõe “Repensar o mal hoje, além de fantasmas e prejuízos premodernos”.
“Uma teologia sensível ao problema do mal” é o tema da última conferência, proferida por João Manuel Duque, às 16h00, estando o encerramento previsto para as 17h30.
A jornada está acreditada como Formação de Curta Duração para professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário. As inscrições estão abertas.