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Santuários marianos e Jesuítas nos selos dos CTT

Imagem © CTT

Santuários marianos e Jesuítas nos selos dos CTT

Os CTT - Correios de Portugal programaram para 2016 o lançamento de selos alusivos aos santuários marianos, nomeadamente o de Fátima, e aos Jesuítas enquanto «construtores da globalização».

«A entrada da Companhia de Jesus em Portugal, em 1540, constituiu um dos eventos mais assinaláveis da nossa cultura. Em paralelo com o esforço missionário intercontinental, a Ordem fundada por Inácio de Loyola ergueu entre nós, em poucas décadas, uma rede de instituições de ensino secundário, chamadas colégios, e universidades (criou a segunda universidade portuguesa, em Évora, em 1659)», salienta o texto de apresentação dos selos sobre os Jesuítas.

«Com base numa metodologia de ensino nova, os Jesuítas criaram a primeira rede de ensino da nossa história que se ligava com instituições de ensino regidas pelo mesmo método em diversas partes do mundo. Os colégios portugueses dos Jesuítas, que chegaram a ser trinta antes da expulsão da Companhia pelo Marquês de Pombal, estavam distribuídos pelas mais importantes cidades do país, passando pelas ilhas e pelo mundo ultramarino português. Com o regresso dos Jesuítas, após as expulsão e outras que se seguiram, a aposta da Companhia na educação, na cultura e na ciência continuou a deixar marcas na história portuguesa. Refira-se o Colégio de São Fiel, fundado no século XIX, onde se formou o primeiro Nobel português, Egas Moniz, e se fundou a revista "Brotéria", que continua a ser publicada», continua a nota.

José Eduardo Franco e Carlos Fiolhais, autores da nota, realçam que «a Ordem de Santo Inácio exerceu uma forte influência na cultura e da sociedade portuguesas, formando figuras que deixaram obra relevante em várias áreas e que contribuíram para a modelação da identidade portuguesa».

S. Francisco Xavier, S. João de Brito, Padre António Vieira, padre Manuel Antunes e padre Luís Archer, que ganhou o Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, com o patrocínio da Renascença, em nome da Igreja católica em Portugal, constituem as figuras evocadas.

Na emissão dedicada aos santuários marianos, foi selecionado o de Fátima, entre os três que integram a coleção, que se completa com Schoenstatt, na Alemanha, e Mariazell, na Áustria.

As aparições do anjo, ocorridas há 100 anos, são especialmente evocadas pelos CTT: «Quando, em 1937, Lúcia de Jesus (1907-2005) escreveu as memórias dos dias extraordinários que vivera na sua infância, esclarecia alguns indícios que já nesse longínquo ano de 1917 haviam ficado exarados nas páginas de um interrogatório que lhe fora feito no dia 2 de novembro desse ano. É daquela descrição que conhecemos o anjo também percecionado por Francisco e Jacinta Marto: "um jovem dos seus 14 a 15 anos, mais branco que se fora de neve, que o sol tornava transparente como se fora de cristal e duma grande beleza"», explica a apresentação da emissão, assinada pelo diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima.

«Os teólogos que se tem debruçado sobre este núcleo da mensagem de Fátima encontraram como chave de leitura deste pórtico que, segundo os escritos de Lúcia, antecedeu as aparições marianas de 1917, a temática do reconhecimento humano da existência de Deus a quem é devida adoração. A lembrança de que o mundo ocidental havia chegado à conclusão de que era importante proclamar a morte de Deus contextualiza bem a importância da mensagem transportada, qual postal breve, mas intenso, a três crianças da Serra d'Aire», salienta Marco Daniel Duarte.

A agenda filatélica dos CTT para 2016 compreende 11 emissões, entre as quais as dedicadas a dois museus centenários, o Grão Vasco, em Viseu, e o Abade de Baçal, em Bragança, bem como ao «cante» e a «vultos da História e da Cultura».

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 08.05.2016

 

 

 
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«A Ordem de Santo Inácio exerceu uma forte influência na cultura e da sociedade portuguesas, formando figuras que deixaram obra relevante em várias áreas e que contribuíram para a modelação da identidade portuguesa»
«A lembrança de que o mundo ocidental havia chegado à conclusão de que era importante proclamar a morte de Deus contextualiza bem a importância da mensagem transportada, qual postal breve, mas intenso, a três crianças da Serra d'Aire»
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