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Santa Sé na Bienal de Arte de Veneza: será em 2013?

A Santa Sé poderá estar representada na próxima Bienal de Arte de Veneza, que decorre de junho a novembro de 2013, depois de o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, ter anunciado a possibilidade de o Vaticano marcar presença na edição de 2011, o que não veio a acontecer.

De acordo com o site “Vatican Insider”, a Santa Sé marcaria presença com um pavilhão na 55.ª edição da bienal italiana, acolhendo menos de 10 artistas emergentes e de renome, homens e mulheres de diferentes países, que ilustrariam temas relacionados com os primeiros 11 capítulos do Génesis, o primeiro livro da Bíblia.

Os motivos, retratados nos frescos pintados por Miguel Ângelo na Capela Sistina, centram-se na criação, no amor, na salvaguarda da natureza, no mal, na violência, na opressão dos povos e na peregrinação em direção à fé de Abraão, segundo revelou fonte não identificada.

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O site integrado no jornal “La Stampa”, que avançava para junho passado o anúncio oficial da participação, refere que foi constituída uma comissão científica composta por especialistas do Vaticano, a que se juntou um grupo dedicado à logística e à procura de financiamento para o projeto.

O espaço a ocupar diferenciar-se-á das estruturas usadas por outras representações nacionais, que promovem os seus artistas, pelo que não será o estado da Cidade do Vaticano a estar presente mas a Santa Sé.

O presidente da Bienal, Paolo Baratta, teria colocado à disposição da Igreja um pavilhão de dois pisos, com 500 m2 cada, separado dos restantes. Se o Vaticano decidir ocupar apenas um dos andares, opção menos onerosa, poderia ter de partilhar o edificado com outro estado.

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O cardeal Gianfranco Ravasi recusa agravar as contas da Santa Sé, que em 2011 registaram um défice de 14,8 milhões de euros, pelo que procura um patrocinador principal, a que se juntariam outros com uma participação menor.

A presença da Santa Sé na Bienal de Veneza inscreve-se no diálogo da Igreja com o mundo da arte, que entre outras iniciativas recentes incluiu o encontro de Bento XVI com os artistas, em 2009, na Capela Sistina, e a mostra alusiva aos 60 anos de sacerdócio do papa, realizada em 2010 no Vaticano.

É possível que a seleção das obras cause polémica dentro e fora da Igreja, já que o Conselho Pontifício da Cultura tem sido acusado de dar crédito a artistas de qualidade menor, a par de críticas que visam uma seleção de obras demasiado «religiosa», referiu Gianfranco Ravasi em declarações proferidas há dois anos.

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Referindo-se à ausência da Santa Sé na Bienal de Arte de 2011, que atraiu 440 mil visitantes, o cardeal italiano explicou que a Igreja não garantiu uma representação significativa de artistas.

 

Rui Jorge Martins
Fotos: Bienal de Arte de Veneza 2011
© SNPC | 16.07.12

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