O papa lamentou hoje, no Vaticano as «tristes notícias relativas a deploráveis atos de terrorismo e violência, que causaram dor e morte» em Munique, na Alemanha, e em Cabul, Afeganistão, e antecipou a Jornada Mundial da Juventude.
Francisco lembrou as «numerosas pessoas inocentes» que perderam a vida e disse estar «próximo dos famíliares das vítimas e dos feridos».
«Convido-vos a unir-vos à minha oração, para que o Senhor inspire a todos propósitos de bem e de fraternidade», disse o papa aos milhares de peregrinos que na Praça de S. Pedro aguardavam as suas palavras.
«Quanto mais insuperáveis parecem as dificuldades e obscuras as perspetivas de segurança e paz, tanto mais insistente deve fazer-se a nossa oração», acentuou Francisco.
Antes, na meditação sobre o Evangelho proclamado nas missas deste domingo (Lucas 11, 1-13), o papa centrou-se na oração de Cristo, que, «portanto», se estende à oração cristã: «É antes de tudo um dar lugar a Deus, deixando-o manifestar a sua santidade em nós e fazendo avançar o seu Reino, a partir da possibilidade de exercitar o seu senhorio de amor na nossa vida».
«A oração é o primeiro e principal "instrumento de trabalho" nas nossas mãos. Insistir com Deus não serve para o convencer, mas para robustecer a nossa fé e a nossa paciência, isto é, a nossa capacidade de lutar juntamente com Deus pelas coisas realmente importantes e necessárias», frisou.
Detendo-se no fragmento do "Pai-nosso" «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», Francisco sublinhou: «O pão que Jesus nos faz pedir é aquele necessário, não o supérfluo; é o pão dos peregrinos, o justo, um pão que não se acumula nem se desperdiça, que não torna pesada a nossa marcha».
Após a oração do "Angelus", Francisco apontou para os «muitos jovens, de todo o mundo» que nestes dias se encaminham para a cidade polaca de Cracóvia, onde ocorrerá a 31.ª Jornada Mundial da Juventude.
«Também eu partirei na próxima quarta-feira, para encontrar estes rapazes e raparigas e celebrar com eles e papa eles o Jubileu da Misericórdia, com a intercessão de S. João Paulo II», o papa que deu origem à Jornada.
Depois de agradecer a todas as pessoas que estão a colaborar para acolher os peregrinos Francisco lembrou os muitos jovens que, «não podendo estar presentes pessoalmente, seguirão o evento através dos meios de comunicação. Estaremos todos unidos na oração».
Rui Jorge Martins