A poetisa e cantora norte-americana Patti Smith e o bailarino e coreógrafo espanhol Joaquín Cortés são alguns dos artistas que vão atuar a 16 de dezembro no 25.º concerto de Natal no Vaticano, que servirá para recolher fundos em favor de projetos educativos para crianças e jovens.
«A atenção aos pobres e aos últimos, que o papa sublinhou ao proclamar um Dia Mundial dos Pobres» e o 50.º aniversário, a 1 de janeiro de 2018, do Dia Mundial da Paz, levaram a Congregação para a Educação Católica, da Santa Sé, a patrocinar a iniciativa, explicou hoje o secretário do organismo, refere a Rádio Vaticano.
O arcebispo Vincenzo Zani frisou que «a paz, o acolhimento, a fraternidade se constroem com a educação e a formação, instrumentos de resgate da pessoa. Não se trata de uma paz feita de palavras mas de gestos concretos».
Um dos beneficiários das receitas é a fundação pontifícia Scholas Occurrentes, que com os fundos trabalhará no combate à violência física e psicológica exercida contra menores (“bullying”).
O presidente das Scholas Occurrentes, José María del Corral, anunciou que no primeiro semestre de 2018 o Vaticano acolherá o primeiro encontro internacional das jovens vítimas de “bullying” e “cyberbulling”.
A Fundação Don Bosco no Mundo, comprometida na libertação de muitas crianças que na República Democrática do Congo trabalham nas minas, sem proteção e expostos à escravidão, é a outra instituição que receberá as verbas obtidas no espetáculo.
O residente da Fundação Don Bosco declarou que «a República Democrática do Congo tem 80% das reservas mundiais de columbita-tantalita (coltan) e são as crianças a pagar as consequências. Um kg de coltan custa a vida a duas delas em média, mortas por incidentes ou desabamentos nas próprias minas».
O financiamento contribuirá para envolver quatro mil pessoas e tem como propósito retirar do trabalho forçado pelo menos 360 crianças e jovens, inserindo-as em escolas ou contextos educativos que garantam um futuro às famílias e a toda a sociedade», explicou o P. Tullio Orler.