La Madonnina | Fiumicino, Itália | D.R.
O papa doou um contributo para cobrir os custos do aluguer anual da praia onde se situa o estabelecimento balnear "La Madonnina", próximo de Roma, cujas estruturas e colaboradores, voluntários, têm como finalidade o acesso às pessoas com deficiência.
O estabelecimento, gerido pela Associação S. Luís Gonzaga - Obra de Amor e inserido na paróquia de Focene, recebeu o donativo através do esmoler pontifício, mons. Konrad Krajewski.
Os banhistas, acolhidos por uma estátua da Virgem Maria, têm à disposição um posto médico e pessoal especializado proveniente da Federação Italiana de Natação Paralímpica, que assegura o banho assistido às pessoas com deficiência.
A colónia marítima tem passarelas que permitem aos utilizadores chegar autonomamente a cada um dos recursos disponíveis, como bar, balneário, duche e zonas de sombra, bem como estruturas que possibilitam o acesso autónomo aos chapéus de sol, espreguiçadeiras e ao mar.
Com este espaço, aberto durante toda a época balnear, pretende-se criar «não um gueto, mas uma praia sem barreiras quer arquitetónicas quer mentais, onde todos possam usufruir juntos do mar e dos seus muitos benefícios», explicam os organizadores.
Ao mesmo tempo, «redescobre-se a importância do cuidado do outro, a redescoberta da unicidade do ser humano que tenha deficiência ou não. Redescobre-se o quanto cada indivíduo é fonte de bem-estar para o outro», acrescentam.
A iniciativa do estabelecimento, criado em 2012, deveu-se ao pároco de S. Luís Gonzaga de Focene e a um grupo de voluntários, e até há dois anos a praia continuava a ser a única do litoral romano adaptada a pessoas com deficiência.
«As famílias e os jovens que frequentam a praia dizem-nos que fizemos algo de grande. Pela primeira vez, para passar um dia na praia, não têm de se deslocar a outras cidades ou regiões», afirmou o pároco, P. Massimo Consolaro, em 2015, ao jornal "Corriere della Sera".
O projeto nasceu de uma confluência de vontades: «Os jovens do oratório da paróquia procuravam um ponto de encontro para o verão, e eu há muito queria ajudar o mundo da deficiência», explicou o sacerdote.
«Havia uma praia-colónia, concessionada a um instituto de religiosas, abandonada há 30 anos. Recuperámo-la e conseguimos pô-la a funcionar com este projeto de solidariedade», referiu.
Os utilizadores da praia pagam cinco euros por dia para terem à disposição espreguiçadeiras e chapéus de sol. A receita é reinvestida no projeto, que não tem fins lucrativos.
Com o donativo, o papa Francisco enviou uma mensagem em que concede a bênção aos voluntários e, em especial, às pessoas com deficiência e às suas famílias.