O papa Francisco nomeou hoje o anterior presidente do Banco Central Europeu, o italiano Mario Draghi, membro ordinário da Academia Pontifícia das Ciências Sociais, anuncia a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Nascido em 1947, Draghi licenciou-se em Política Económica e obteve o doutoramento em Economia no MIT (Massachussetts Institute of Technology).
Foi diretor executivo do Banco Mundial, e depois diretor-geral do Ministério do Tesouro do Governo italiano. Em 2005 foi nomeado governador do Banco de Itália, cargo que ocupou até 2011, ano em que se tornou presidente do Banco Central Europeu, função que manteve até 30 de outubro 2019, sendo substituído pela anterior diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
O Vaticano destaca que Mario Draghi, recebido, com a família, pelo papa Francisco a 19 de outubro de 2013, é autor de numerosas publicações, com contributos que vão da macroeconomia à economia internacional e à política monetária.
A 19 de junho de 2019, Mario Draghi foi condecorado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, distinção que se acrescentou a outras, nomeadamente académicas, como os doutoramentos “honoris causa” concedidos por universidades de Pádua, Roma, Telavive, Bolonha e Milão, devido à contribuição dada a disciplinas como Ciência Política, Economia e Direito.
Entre as nomeações para o mesmo organismo incluem-se as do chileno Pedro Morandé Court, e a inglesa Kokunre Adetokunbo Agbontaen Eghafona, envolvida, entre outras atividades, no combate ao tráfico de seres humanos na Nigéria.
Criada a 1 de janeiro de 1994 pelo papa S. João Paulo II, a Academia Pontifícia das Ciências Sociais tem como propósito «promover o estudo e o progresso das ciências sociais, sobretudo economia. sociologia, direito e ciência política», oferecendo à Igreja «os elementos que pode usar no estudo e desenvolvimento da sua doutrina social», refere o primeiro artigo dos seus estatutos.