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Papa lembra que Cristo não veio ao mundo «para punir os pecadores nem para destruir os maus»

Imagem Papa Francisco | D.R.

Papa lembra que Cristo não veio ao mundo «para punir os pecadores nem para destruir os maus»

O papa alertou hoje para os conceitos de Deus que não correspondam ao que Ele é e distorcem a sua mensagem e a sua compaixão, além de o reduzirem a um «falso ídolo» que justifica os interesses pessoais ou o tornam um mero «recurso psicológico».

«Deus não enviou o seu Filho ao mundo para punir os pecadores nem para destruir os maus», mas a eles é dirigido «o convite à conversão, para que, vendo os sinais da bondade divina, possam reencontrar o caminho do regresso», frisou Francisco na audiência-geral, realizada na Praça de S. Pedro, no Vaticano.

Para o papa, Jesus «adverte para um perigo em particular: se o obstáculo para crer são sobretudo as suas ações de misericórdia, isso significa que se tem uma falsa imagem do Messias. Felizes aqueles que, em vez disso, diante dos gestos e das palavras de Jesus, dão glória ao Pai que está nos céus».

«A advertência de Jesus é sempre atual: mesmo hoje o homem constrói imagens de Deus que o impedem de saborear a sua real presença. Alguns recortam uma fé “faça você mesmo” que reduz Deus ao espaço limitado dos próprios desejos e das próprias convicções», acentuou.

Estas atitudes, prosseguiu Francisco, deformam a identidade divina: «Esta fé não é conversão ao Senhor que se revela, pelo contrário, impede-o de provocar a nossa vida e a nossa consciência».

«Outros reduzem Deus a um falso ídolo; usam o seu santo nome para justificar os próprios interesses ou inclusivamente o ódio e a violência», apontou o papa.

Há também aqueles para quem «Deus é apenas um refúgio psicológico em quem se tranquilizam nos momentos difíceis: trata-se de uma fé dobrada sobre si mesma, impermeável à força do amor misericordioso de Deus que impele para os irmãos».

A enumeração das imagens equivocadas de Deus ficou concluída com as pessoas que «consideram Cristo apenas um bom mestre de ensinamentos éticos, um entre tantos da história», e aquelas que «sufocam a fé numa relação puramente intimista com Jesus, anulando o seu impulso missionário capaz de transformar o mundo e a história».

«O cristão crê no Deus de Jesus Cristo e o seu desejo é o de crescer na experiência viva do seu mistério de amor», declarou o papa, antes de terminar: «Comprometamo-nos por isso a não levantar qualquer obstáculo ao agir misericordioso do Pai, mas peçamos o dom de uma fé grande para nos tornarmos sinais e instrumentos de misericórdia».

Na mensagem aos peregrinos de língua portuguesa, Francisco saudou os fiéis «de Portugal, de Moçambique e do Brasil, particularmente os grupos de Faro, Funchal, Maputo e Aparecida, acompanhado pelos seus respetivos bispos».

 




 

Rui Jorge Martins
Publicado em 07.09.2016 | Atualizado em 19.04.2023

 

 
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