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Papa deseja que famílias leiam, pensem e falem da exortação "A alegria do amor"

Papa deseja que famílias leiam, pensem e falem da exortação "A alegria do amor"

Imagem D.R.

O papa manifestou hoje o desejo de que sejam propostas às famílias formas de «aprofundar a sua reflexão e a sua partilha» sobre a exortação "Amoris laetitia" ("A alegria do amor"), e relembrou o seu projeto para a Igreja.

O amor, precisamente, está no centro da mensagem que Francisco dirige ao responsável pelo departamento do Vaticano que assume a organização do 9.º Encontro Mundial das Famílias, que de 21 a 26 de agosto, em Dublin, Irlanda, é dedicado ao tema "O Evangelho da Família: alegria para o mundo".

«Poder-se-ia perguntar: o Evangelho continua a ser alegria para o mundo? E ainda: a família continua a ser boa notícia para o mundo de hoje? Estou certo que sim», acentua o papa, que a 19 de março de 2016 assinou a "Amoris laetitia".

Este "sim" está «solidamente fundado» no desígnio de Deus, que quer «a união entre o homem e a mulher, em abertura e serviço à vida em todas as suas fases» e se compromete por uma humanidade «tantas vezes ferida, maltratada e dominada pela falta de amor».

«A família, portanto, é o "sim" do Deus-Amor. Só a partir do amor a família pode manifestar, defender e regenerar o amor de Deus no mundo. Sem o amor não se pode viver como filhos de Deus, como cônjuges, pais e irmãos», acentua o papa.



«Sonho uma Igreja em saída, não autorreferencial, uma Igreja que não passe distante das feridas do homem, uma Igreja misericordiosa que anuncie o coração da revelação do Deus Amor que é a misericórdia»



Depois de sublinhar a importância de as famílias viverem «a partir do amor, para o amor e no amor», Francisco assinala as implicações concretas dessas atitudes: «Significa dar-se, perdoar-se, não se impacientar, antecipar o outro, respeitar-se». E insiste num anseio: «Como seria melhor a vida familiar se a cada dia se vivessem as três simples palavras: "com licença", obrigado", "desculpa"».

«Sonho uma Igreja em saída, não autorreferencial, uma Igreja que não passe distante das feridas do homem, uma Igreja misericordiosa que anuncie o coração da revelação do Deus Amor que é a misericórdia. É esta mesma misericórdia que nos faz novos no amor», frisa Francisco.

O encontro de Dublin poderá oferecer «sinais concretos» de como «as famílias cristãs são lugares de misericórdia e testemunhas de misericórdia», declara o papa, referindo-se ao Jubileu sobre o tema que os católicos viveram entre 2015 e 2016.

Francisco lembra ao responsável pelo dicastério coordenador do encontro mundial que tem a tarefa de «declinar de modo particular o ensinamento da "Amoris laetitia", com que a Igreja deseja que as famílias estejam sempre em caminho, nesse peregrinar interior que é manifestação de vida autêntica».

"À luz da Palavra", "A realidade e os desafios das famílias", "O olhar fixo em Jesus: a vocação da família", "O amor no matrimónio", "O amor que se torna fecundo", "Algumas perspetivas pastorais", "Reforçar a educação dos filhos", "Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade" e "Espiritualidade conjugal e familiar" constituem os temas dos nove capítulos da exortação.

O documento resultou dos trabalhos da assembleia geral ordinária do sínodo dos bispos realizada no Vaticano em outubro de 2015, sobre "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo", que foi antecedida, no mesmo mês do ano anterior, pela assembleia geral extraordinária sinodal dedicada ao tema "Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização".



 

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