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Papa defende que é preciso «ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva»

Papa defende que é preciso «ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva»

Imagem janstarstud/Bigstock.com

O papa afirmou hoje que é preciso «ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva» e lembrou as «muitas e muitas mulheres» que «com dedicação e consciência, com coragem por vezes heroica» estão envolvidas em «competências específicas e qualificadas unidas à experiência real de serem mães e formadoras».

As palavras de Francisco, proferidas no Vaticano, no termo da assembleia plenária do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, sobre o "Papel da mulher na educação para a fraternidade universal", centraram-se em três domínios: «Valorizar o papel da mulher, educar para a fraternidade e dialogar».

«Quando as mulheres têm a possibilidade de transmitir em plenitude os seus dons a toda a comunidade, a própria maneira com que a sociedade se compreende e organiza é positivamente transformada, conseguindo refletir melhor a substancial unidade da família humana», apontou.

Observa-se um «processo benéfico» quando se assiste à «presença crescente das mulheres na vida social, económica e política a nível local, nacional e internacional, bem como eclesial».



Para Francisco, as mulheres estão empenhadas, frequentemente mais do que os homens, a nível do "diálogo da vida" no âmbito inter-religioso, contribuindo assim para uma melhor compreensão dos desafios característicos de uma realidade multicultural».



«As mulheres têm pleno direito de inserirem-se ativamente em todos os âmbitos, e o seu direito deve ser afirmado e protegido inclusive através de instrumentos legais onde eles se revelem necessários», frisou.

Francisco observou que as mulheres estão «entre as vítimas mais frequentes de uma violência cega» e que o seu papel enquanto «educadoras para a fraternidade universal» é «ofuscado e muitas vezes não reconhecido, por causa de muitos males» que «atingem a mulher na sua dignidade e no seu papel».

A figura feminina «esteve sempre no centro da educação familiar, não exclusivamente enquanto mãe», assinalou o papa, acrescentando que «a contribuição das mulheres no campo da educação é inestimável».

«Ligadas intimamente ao mistério da vida», as mulheres «podem fazer muito para promover o espírito de fraternidade, com o seu cuidado pela preservação da vida e com a sua convicção de que o amor é a única força que pode tornar o mundo habitável para todos», declarou.



As mulheres estão empenhadas, frequentemente mais do que os homens, a nível do "diálogo da vida" no âmbito inter-religioso, contribuindo assim para uma melhor compreensão dos desafios característicos de uma realidade multicultural», graças à sua «capacidade de escutar, de acolher e de abrir-se generosamente aos outros»



Francisco recordou que «as mulheres permanecem muitas vezes as únicas a acompanhar os outros, sobretudo aqueles que são mais frágeis na família e na sociedade, as vítimas de conflitos e de quantos têm de enfrentar os desafios de cada dia».

«Graças ao seu contributo, a educação para a fraternidade, por sua natureza inclusiva e geradora de laços, pode superar a cultura do descarte», referiu.

Para Francisco, as mulheres estão empenhadas, frequentemente mais do que os homens, a nível do "diálogo da vida" no âmbito inter-religioso, contribuindo assim para uma melhor compreensão dos desafios característicos de uma realidade multicultural», graças à sua «capacidade de escutar, de acolher e de abrir-se generosamente aos outros».

«Mas as mulheres podem inserir-se a título pleno também nos intercâmbios a nível de experiência religiosa, bem como a nível teológico. Muitas mulheres estão bem preparadas para enfrentar encontros de diálogo inter-religioso aos mais altos níveis, e não só da parte católica», o que significa que o seu contributo «não deve ser limitado a argumentos "femininos" ou a encontros só entre mulheres», declarou.



 

SNPC
Fonte: Sala de Imprensa da Santa Sé
Publicado em 09.06.2017

 

 
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