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Observatório do Vaticano acolhe formação sobre proteção de meteoritos

O Observatório do Vaticano, em Castel Gandolfo, próximo de Roma, recebe até quinta-feira a primeira formação para curadores de coleções de meteoritos, num encontro que aborda também a poeira cósmica, poeira estelar e amostras extraterrestres.

Os organizadores revelaram que a conferência reúne responsáveis de amostras de meteoritos e extraterrestres da Europa, América do Norte, Rússia, Marrocos e Japão para discutir as melhores práticas no tratamento das suas coleções.

Os curadores não se limitam a salvaguardar coleções de meteoritos, dado que ao seu cuidado estão igualmente espécimes extraídos de missões espaciais, como as rochas lunares recolhidas pela nave Apollo e os espécimes da missão Hayabusa ao asteróide 25143 Itokawa.

«A comunidade de curadores tem vindo a tentar organizar-se há muitos anos. Esta formação representa uma oportunidade maravilhosa para nós, e eu estou estusiasmado e agradado por o Observatório do Vaticano poder acolher um encontro tão importante, declarou o curador da coleção de meteoritos da Santa Sé.

Em comunicado o jesuíta Robert Macke explicou que «durante anos os curadores de meteoritos tiveram de descobrir as coisas de forma independente», sendo agora possível unirem-se «como uma comunidade».

«Será uma boa ocasião para nos familiarizarmos com as diferentes coleções e como elas são curadas», afirmou o responsável pelos meteoritos do Museu de História Natural de Viena e co-coordenador da iniciativa, Ludovic Ferrière.

Organismo de investigação científica diretamente dependente da Santa Sé, o Observatório é considerado um dos mais antigos do mundo, com as suas origens a remontar a 1578, ano em que o papa Gregório XIII erigiu no Vaticano a Torre dos Ventos, convidando astrónomos e matemáticos do Colégio Romano a preparar a reforma do calendário, promulgada em 1582.

Para ajudar a corrigir a perceção de que a Igreja católica era contrária ao progresso científico, o papa Leão XIII fundou a 14 de março de 1891 o Observatório do Vaticano, instalado originalmente atrás da basílica de S. Pedro.

 

Bicentenário do nascimento do P. Angelo Secchi

Por ocasião dos 200 anos do nascimento do jesuíta Angelo Secchi, dois organismos civis italianos organizaram uma conferência internacional evocativa, que decorreu entre 3 e 5 de setembro.

Considerado o fundador da astrofísica estelar, o sacerdote revolucionou os estudos de astronomia ao introduzir neles a utilização massiva de instrumentos típicos da física. O Vaticano e os Correios de Itália emitiram um selo comemorativo, depois de já o terem feito em 1979, por ocasião do centenário da morte.

Angelo Secchi «estudou as estrelas e propôs a sua primeira classificação, estudou o sol, os eclipses e interessou-se pela meteorologia, instituindo o primeiro serviço meteorológico italiano», recordou a presidente da Academia Nacional das Ciências, Emilia Chiancone.

O governo papal encarregou-o de várias tarefas, como a construção de uma torre para a triangulação geodésica do Estado Pontifício e para o aperfeiçoamento do sistema dos faróis nos seus portos.


 

In Associated Press, Vatican News
Trad. / edição: Rui Jorge Martins
Imagem: Bigstock.com
Publicado em 11.09.2018 | Atualizado em 08.10.2023

 

 

 
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